Estátua de médico que fazia testes em escravas é removida de parque em NY
Da Universa, em São Paulo
17/04/2018 19h08
A Comissão Pública de Design da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, presenciou uma votação unânime em favor da remoção da estátua do cirurgião J. Marion Sims do Central Park. Nessa terça-feira, 17, a estátua foi removida do parque.
O médico J. Marion Sims é conhecido por muitos como "pai da ginecologia moderna". Ele estabeleceu o primeiro hospital para mulheres da cidade de nova York, em 1855, inventou o espéculo e foi pioneiro de uma técnica cirúrgica para reparar a fístula vesico vaginal, complicação resultante de traumas obstétricos.
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Mas os avanços de Sims foram obtidos após cirurgias experimentais em escravas, feitas sem anestesia e, segundo alguns especialistas, sem consentimento. Esses julgamentos foram graves violações éticas, segundo muitos historiadores e ativistas da justiça social.
"Enquanto alguns pensam que o Dr. J. Marion Sims foi um pioneiro, nós sabemos que seu trabalho era altamente antiético e profundamente racista. Um monumento para reconhecer um torturador em série de mulheres negras escravizadas não tem lugar na nossa cidade e hoje está sendo tomada uma ação para finalmente removê-lo", tuitou a advogada pública de NY.