Maconha é encontrada em leite de mães que fumam a droga, aponta novo estudo
da Universa, em São Paulo
11/04/2018 13h15
Mães que fumam maconha podem ter concentrações de um substrato da droga em seu leite, apontou um estudo conduzido por pesquisadores da Texas Tech University e publicado no periódico "Obstetrics & Gynecology", da Sociedade Americana de Ginecologistas e Obstetras, no último dia 6.
Veja também
- Cerveja preta aumenta o leite? Veja 11 mitos e verdades sobre amamentação
- Após cena polêmica em novela, Ministério da Saúde alerta sobre amamentação
- Dirigir após fumar maconha pode ser tão perigoso quanto depois de beber
Os estudiosos chegaram a esta conclusão depois de analisarem oito mulheres que se consideravam fumantes de ocasião e que estavam amamentando bebês de 2 a 5 meses. Com 24 horas de abstinência, as participantes eram instruídas a inalar 0,1 g da planta, que continha 23% de tetraidrocanabinol (THC) — a substância psicoativa da maconha que provoca o famoso "barato".
Então amostras do leite destas mães foram coletadas em quatro estágios diferentes: 20 minutos, uma hora, duas horas e quatro horas após o consumo. Após analisarem os resultados, os cientistas concluíram que bebês chegam a ingerir, em média, 2,5% da dose usada por suas mães.
"O efeito neurocomportamental de longo prazo da exposição ao delta-9-tetraidrocanabinol no cérebro em desenvolvimento não está claro. Mães devem ser cuidadosas ao usar a cannabis durante a gestação e a amamentação", conclui o texto da pesquisa.