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Vocês brigam menos do que deveriam? Faça o teste e veja discussões que todo casal deve ter

HELOÍSA NORONHA

Colaboração para o UOL

16/11/2011 07h00

Você já deve ter tido uma discussão com o parceiro ou a parceira, daquelas bem feias, e, depois que a tempestade passou, teve a impressão de que a relação melhorou, certo? Se a sua resposta foi "nunca", você não sabe o que está perdendo. Algumas brigas fazem bem. Essa é a opinião unânime dos especialistas ouvidos por UOL Comportamento.
 

É bom ressaltar, porém, que não são todas as pelejas que fazem bem para o relacionamento. “As discussões produtivas são  aquelas em que um dos dois só enxergava o próprio lado em um determinado assunto e, depois da briga, começou a olhar e a respeitar o ponto de vista alheio”, explica Liz Verônica Vercillo Luisi, professora da Associação Palas Athena, de São Paulo, e supervisora do curso de terapia familiar e de casal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Manual da "briga do bem"

Remoer questões do passado demonstra imaturidade emocional e não leva a lugar algum. Evite;
Não discuta na cama. "O quarto é um ambiente para dormir, relaxar e fazer amor", diz a psicóloga e sexóloga Maria Claudia Lordello, da Unifesp. O ideal é conversar fora de casa (em um jantar a dois, por exemplo)
Para ser produtiva, a discussão tem de ser um diálogo. Se um aborda determinado tema, a resposta do outro deve ser em cima desse tema –e não um comentário isolado, irônico e que desvie o assunto.
Você quer expor seu ponto de vista, certo? Faça isso sem acusações, explicando como se sente. E na hora que o parceiro for falar, nada de interrompê-lo –por mais que o que ele diga soe como cobrança ou injustiça. Ouça primeiro e conclua depois.
Nada de elevar a voz ou tecer observações que desqualifiquem a pessoa ou a família dela.


De acordo com a psicoterapeuta Sandra Samaritano, de São Paulo, as discussões são boas para manter o desafio de construir a convivência e a própria relação. “Isso, é óbvio, quando homem e mulher chegam a um acordo, a uma conclusão”, diz. “É uma conquista diária saber administrar as próprias diferenças”, completa a psicóloga e sexóloga Maria Claudia Lordello, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Há casais que tiram proveito do estresse causado por uma discussão para, acredite, chegar ao orgasmo. “É como aquela velha música sertaneja diz: ‘E se de dia a gente briga, à noite a gente se ama’. As diferenças são resolvidas na cama e não há nada de mau nisso, desde que não se torne um hábito e ninguém saia machucado física ou emocionalmente”, afirma Liz Vercillo.

Para Sandra Samaritano, não são raros os pares em que as disputas ocupam o papel de combustível da relação. "Eles só conseguem se comunicar desse jeito. As briguinhas rotineiras é o que os impulsionam e permitem que nunca caiam na rotina”, diz. Para ela, casais assim são do tipo que vão ficar velhinhos implicando um com o outro. "Até a morte, pois nunca vão se separar."

Alguns casais, porém, não têm atritos nunca –e isso, em muitos casos, é um problema. A paz aparente pode esconder a dificuldade (por parte dos dois ou de um só) de expressar sentimentos. O hábito de varrer a sujeira para baixo do tapete, fingindo que está tudo bem ou na tentativa de transmitir a imagem de uma vida cor-de-rosa, é nocivo.

As discussões úteis e com potencial para levar o relacionamento a um patamar superior são motivadas, principalmente, por cinco fatores. Veja quais são e aprenda a tirar o maior proveito possível deles:

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