V.ROM fecha segundo dia de SPFW com streetwear masculino de qualidade
FERNANDA SCHIMIDT<br>Do prédio da Bienal<br/>
17/01/2008 22h07
A grife V.ROM levou um batalhão multicultural de rapazes para a passsarela de sua coleção Inverno 2008, no primeiro desfile masculino nesta temporada do São Paulo Fashion Week.
Igor de Barros, que assina o estilo da marca há duas coleções, buscou referências no livro "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, para criar os looks dentro da dicotomia selvagem/urbano.
Apesar de no livro as etnias e religiões não serem definidas, a caracterização dos selvagens da V.ROM lembrava soldados europeus (chapéus), guerrilheiros (camisetas amarradas no rosto) e membros do exército (maquiagem camuflada). Segundo o estilista, o make das forças armadas foi inspirado no príncipe Harry, da Inglaterra. Já os meninos urbanos apareceram menos agressivos, com cara limpinha, e longas gravatas afrouxadas, óculos de grau ou cachecóis.
A alfaiataria surgiu em looks totais e mesclada ao street e jeanswear caracteríticos da marca. O xadrez ganhou destaque em diferentes padronagens e modelagens, utilizado em paletós acinturados, macacões e shorts, ocasionalmente sobrepostos a finas leggings coloridas.
A linha street trouxe camisetas e jaquetas estampadas, e calças curtas de nylon plastificado. O mesmo material apareceu em macaquinhos transparentes, lembrando capas de chuva estilizadas.
Entre as cores da coleção estão verde musgo, roxo, grafite, azul marinho, laranja e amarelo. Além dos adereços para a cabeça, os acessórios do Inverno 2008 da V.ROM contam com coloridos tênis de cano alto, com aparência de vinil, bolsas e correntes.
Na primeira fila, o desfile mais estrelado do SPFW até o momento: Marcos Mion, Sabrina Sato, Christian Pior (personagem de Evandro Santo), Alexandre Herchcovitch, Marcos Pasquim, Sérgio Abreu e Juliana Didone.
Mion comprou a V.ROM no ano passado e é atualmente sócio-proprietário ao lado de Turco Loco. A partir do Verão 2009, o apresentador passará a desenhar um mix de peças para a marca, como uma espécie de linha com a sua assinatura.