Justiça de Israel multa rádio religiosa por excluir mulheres em transmissão
A corte do distrito de Jerusalém condenou uma emissora de rádio ultraortodoxa ao pagamento de uma multa de 238 mil euros por excluir mulheres em suas transmissões, informou nesta sexta-feira o Centro de Ação Religiosa de Israel (IRAC, em inglês).
"Esta decisão é uma base importante na batalha contra a discriminação e a exclusão das mulheres. Estabelece precedentes para o sério tratamento dos casos de exclusão e a compensação aos prejudicados", declarou a diretora-executiva do IRAC, Anat Hofman, em comunicado.
Veja também
- Facebook é denunciado por discriminar mulheres em anúncios de emprego
- Mulheres árabes e judias comandam manifestação pela paz em Jerusalém
- Jornalista argentina rebate machismo de ex-campeão da Libertadores ao vivo
A sentença ditada ontem contra a emissora "Kol BaRama" corresponde à primeira ação coletiva sobre direitos civis e discriminação de gênero apresentada em Israel.
"Kol BaRama" não incluiu nenhuma voz de mulher durante seus dois primeiros anos de emissão, desde que foi criada em 2009, e diante desses fatos, o IRAC e o escritório de advogados Asaf Pink apresentaram uma denúncia em nome das organizações Kolech e do Fórum de Mulheres Religiosas.
A Suprema Corte opinou que a "Proibição da Discriminação deveria ter uma interpretação mais ampla, e que a exclusão das mulheres no domínio público é ilegal e prejudica tanto a igualdade como a liberdade de expressão destas mulheres".
A quantia em dinheiro, um milhão de shéqueles, será transferida a um fundo de ação conjunta para ser "distribuída em programas de empoderamento de mulheres religiosas", anunciou o IRAC.