Papa explica por que decidiu celebrar casamento durante voo
O papa Francisco defendeu nesta segunda-feira seu gesto de celebrar o casamento de dois tripulantes do avião que o levava a Iquique em sua viagem ao Chile, dado que a Igreja limita o tipo de lugares onde se pode realizar uma cerimônia e obriga os noivos a fazer longos cursos matrimoniais.
O casamento de dois comissários de bordo chilenos da companhia Latam foi o tema de uma das perguntas da entrevista coletiva a bordo do avião em que Francisco retornava da sua viagem ao Chile e ao Peru.
"Se imaginam cruzeiros onde se realizam casamentos?", brincou o pontífice, que acrescentou que um jornalista o tinha chamado "louco" por fazer estas coisas.
O Direito Canônico estabelece que quem for celebrar um casamento católico deve fazê-lo em uma igreja paroquial ou em "um lugar conveniente", se existir uma autorização do Ordinário do local ou do pároco.
O papa explicou que foi algo simples que falaram durante o voo, que o casal explicou que estavam casados no civil e quando foram se casar no religioso, em 2010, um terremoto derrubou a igreja onde seria realizada a cerimônia e depois, por circunstâncias da vida e a chegada das duas filhas, foram adiando.
Francisco defendeu que não foi algo precipitado, pois "os interrogou um pouco e as respostas eram claras", sabiam que era "para toda a vida" e garantiram que tinham feito um curso pré-matrimonial.
"Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje", afirmou o papa, que explicou que os dois "estavam preparados e, depois que fizeram o sacramento da penitência, os casei".