Saber que 88 em cada 100 mulheres brasileiras já sofreu assédio sexual decepciona muito, mas nem sempre choca quem não passa por isso. A violência já faz parte da rotina das mulheres de forma tão cotidiana que muita gente sente dificuldade de pensar que ela é real, acontece o tempo todo e que estamos falando de pessoas de verdade, como mães, filhas, irmãs ou amigas.

Em um cenário tão brutal, como dar um rosto e segurança a estas mulheres?

Fotógrafa: Rafaela Cassiano

A L'Oréal Paris, marca feminina e feminista nº 1 do mundo, se uniu à Prefeitura do Rio de Janeiro para mostrar que somos muitas e podemos ser protegidas com ferramentas práticas, no dia a dia.

Em um evento realizado na Cinelândia, no Rio de Janeiro, 100 estátuas de mulheres em tamanho real foram estilizadas para mostrar quantas mulheres já passaram pelo mesmo aperto. Andar por entre elas deu a dimensão humana do problema: quase todas já fomos alvo desse tipo de incômodo, mas as ferramentas para brecar o assédio ainda são pouco conhecidas.

Em acordo firmado com a Prefeitura, a L'Oréal Paris passa a oferecer uma capacitação gratuita, rápida e eficaz a milhares de servidores públicos para que eles intervenham de forma segura ao notar que alguém ao redor está em risco. E a melhor parte é que a população geral também terá acesso gratuito a esse conteúdo.

O passo a passo para acolher mulheres assediadas leva 10 minutos para ser aprendido por qualquer pessoa interessada - e garante a segurança não só de quem sofre a importunação, mas também de quem intervém. Quanto menos risco para os envolvidos, menos gente se cala diante da violência.

A plataforma Stand Up oferece o curso que ensina como aplicar o programa pautado nos 5 D's, um conjunto de ações comprovadas para o combate ao assédio. Em demonstrações simples, a gente pode aprender, por exemplo, a chegar cumprimentando a vítima como se fosse um conhecido para afastar o agressor e preservar a vítima. Em resumo, o procedimento funciona assim:

1
Distrair
Forma indireta de desviar a atenção do que está acontecendo;
2
Delegar
Contar o que está acontecendo para alguém por perto ou alguma autoridade e perguntar se essa pessoa pode fazer algo a respeito;
3
Documentar
Fazer o registro para apoiar a vítima e perguntar o que ela quer fazer com a filmagem;
4
Direcionar
Falar diretamente com o assediador e pedir que ele deixe a vítima em paz;
5
Dialogar
Conversar com a vítima e mostrar o apoio que ela precisa.

E você também pode levar esse conteúdo para dentro da sua empresa. Em parceria com a ONG Cruzando Histórias a L´Oréal Paris oferece o treinamento em formato presencial e gratuito para empresas no Brasil. Interessados podem entrar em contato através do site ou e-mail: parceria@cruzandohistorias.com.br.

Com medidas tão simples, podemos ampliar (muito!) a rede de apoio para que todas as meninas e mulheres circulem em espaço público sem tanta vulnerabilidade.

Elas fazem a diferença

A atriz Taís Araújo, porta-voz da L'Oréal Paris há mais de uma década, marcou presença no evento e comentou sobre a importância do momento que vivemos, com a transição do discurso para ações práticas de empoderamento feminino.

É tudo um processo. Sinto que estamos atravessando algo muito importante na história, que é a chance de reverter tanta coisa errada que sempre foi feita, naturalizada. Tenho muito orgulho dessa geração. Quantas situações a gente já não passou sem identificar que foram violentas?

Taís Araújo, Atriz e porta-voz da L?Oréal Paris

"Nos últimos tempos, estamos sendo educadas para reconhecer o que é assédio sexual, assédio moral e abusos de toda ordem. Mas depois de entender, o que a gente faz? Agora, a gente consegue fazer um treinamento para lidar com assédio e importunação sexual. A manutenção das coisas como são, pra muita gente, é mais confortável — porque mudar dá trabalho. Mas quanto mais o assunto é discutido, mais gente vira ferramenta e motor da mudança", concluiu.

Maíra da Matta, diretora de L'Oréal Paris no Brasil, também participou do debate sobre o Stand Up, que já treinou mais de 2 milhões de pessoas ao redor do mundo para intervir em situações de risco para as mulheres. "A parceria com a Prefeitura do Rio é fundamental pra gente conseguir mobilizar o maior número possível de pessoas. Sozinha, a gente não chega a parte alguma, mas o engajamento da sociedade pode mudar essa história. Aqui, a gente faz um convite para que qualquer pessoa dedique 10 minutos da vida a esse treinamento que pode salvar muitas mulheres. O Stand Up é um instrumento acessível de transformação social".

Durante o evento, Joyce Trindade, Secretária de Direitos das Mulheres no Rio de Janeiro, ressaltou que o poder público pode e deve fazer sua parte na proteção às cidadãs. "Nessa parceria, damos mais um passo para materializar os direitos da mulher. Implementar o Stand Up como política pública é dar o exemplo e reforçar para todo o Brasil que tem que ser assim: não tem como a gente ficar só no discurso quando o assunto é o risco que corremos. É preciso concretizar nossa segurança".

Entre as participantes do ato na Cinelândia, uma ideia foi consenso: é fundamental que toda mulher conheça quais são as medidas que podem mantê-las seguras, mas a participação dos homens não só é bem-vinda como também necessária. Passar o conhecimento adiante foi a missão abraçada pela L'Oréal Paris no Brasil, mas também pode ser uma iniciativa de todas nós.

Enviar o treinamento antiassédio Stand Up para amigos, parceiros, colegas e familiares não custa nada e pode ser um pequeno passo para uma mulher, mas um grande passo para a nossa sociedade.

Conteúdo de Marca

Como impedir um assédio?

Em um cenário tão brutal, como dar um rosto e segurança a estas mulheres?

Distrair

Delegar

Documentar

Direcionar

Dialogar

Curtiu? Compartilhe.