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Conheça mulheres que abandonaram os saltos e encontraram poder, conforto e charme nas rasteirinhas
oferecido por Atire a primeira joanete a mulher que nunca achou que precisava se equilibrar sobre um par de saltos altos para ficar mais poderosa. Quase todo mundo já aventurou, pelo menos uma vez, a subir nas tamancas para tentar elevar um look. Tem quem se acostume, claro. Mas a maioria de nós acaba descobrindo que, na verdade, não há estilo que sobreviva ao desconforto.
"Olha, eu, pessoalmente, acho o natural muito sexy, então começa por aí, acho rasteirinha sexy mesmo", diz a professora Vanessa Barros, adepta incondicional dos sapatos baixos. Mas sua análise desse estilo vai além do gosto pessoal: "em geral, as pessoas não sabem andar de salto, vamos combinar. Acho que, como ficam desconfortáveis, acabam esquisitas", diz. É uma verdade inconveniente. "O fato é que ficam sexy só quando estão paradas. Começam a andar e já era". De rasteirinha ou sapato baixo, por outro lado, tudo flui melhor. "E a gente consegue prestar atenção na personalidade, na atitude...". Difícil discordar.
Mas, até chegar a essa conclusão, a gente às vezes fica, literalmente, calejada. A figurinista Melissa Santana passou por uma jornada mais ou menos assim. "Antes, eu até achava que sem salto ficaria menos arrumada, por exemplo. Mas hoje em dia sinto que estar com o pé no chão é muito mais forte", conta. Correndo para cima e para baixo em sets de filmagens, ela descobriu que a rasteirinha pode ser muito mais atraente que os saltos. "Principalmente quando você está exausta, a semana não acaba e seus pés estão cheios de machucados. Não há nada mais sexy, né?", ironiza.
A ideia de que o salto é mais apropriado para determinados ambientes, como o trabalho, é um dos caminhos que faz com que muitas mulheres demorem a enxergar todo o poder e o estilo de calçados mais confortáveis. Mas, se até no tapete vermelho do Festival de Cannes esse tabu já foi questionado, será que ele precisa mesmo sobreviver na vida corporativa?
A empresária Fernanda Tavolaro, fundadora da startup School Advisor e mãe de duas crianças, tem certeza de que não. "Já usei muito salto para trabalhar. Provavelmente porque me disseram algum dia que usar salto no trabalho era mais adequado, passava mais credibilidade e poder", conta. "E nunca parei pra pensar nisso, só segui o que a 'etiqueta' mandava".
Fernanda diz que duas coisas a fizeram mudar: a maternidade e a maturidade. "Quando me tornei mãe, fiquei um tempo sem passar perto dos saltos pela dificuldade de me equilibrar carregando bebê + brinquedos + malinha + bolsa. Depois fui percebendo o quanto era libertador não usar salto. Aí foi a vez da maturidade. Por quê continuar com os pés e pernas tão cansados? Será que de fato eu gostava daquele desequilíbrio todo? A resposta é não".
Mas será que elas sacrificaram o estilo pelo conforto? As três são unânimes em dizer que não, muito pelo contrário. "Magina que é menos arrumada!", diz Vanessa. "Eu me sinto maravilhosa", ri. "Me sinto mesmo. Porque acho que a gente se sente mais confiante quando não tem nada apertando, machucando, incomodando. Então quando estou de rasteirinha ou com algum outro sapato bem confortável, sinto que eu posso mais".
Fernanda concorda. "Uso em quase todas as ocasiões. Só casamento e formatura que não.... ainda", brinca. "Amo misturar os estilos, uma calça de alfaiataria com uma rasteirinha... por que não?".
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