Aumentar impostos sobre bebidas reduz riscos de contrair DST, sugere estudo
Nicholas Bakalar
27/12/2015 06h00
O Estado norte-americano de Maryland aumentou os impostos sobre bebidas em 2011, e logo se viu uma queda abrupta nas infecções por gonorreia. Pesquisadores determinaram que os dois fatos têm ligação próxima.
Publicado no periódico "The American Journal of Preventive Medicine", o estudo usou três grupos de controle para excluir outras explicações para o declínio. O primeiro grupo de controle incluía todos os Estados norte-americanos que não mudaram o imposto do álcool. O segundo grupo se concentrou em Estados sem fronteira com Maryland, para evitar uma tendenciosidade de pessoas que compram bebidas em Estados vizinhos onde os impostos eram menores. E o terceiro grupo eliminou Estados nos quais o governo tem o monopólio da venda de destilados; os preços podem subir nesses Estados mesmo sem aumento das taxas.
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Em 2011, o imposto sobre bebidas subiu de seis por cento para nove por cento em Maryland. Após a elevação, o índice de gonorreia no Estado caiu 24 por cento -- o equivalente a 1.600 casos anuais. Não houve queda nos Estados que serviram como controle.
Os autores sugerem que a redução no consumo de álcool reduz a predisposição a correr riscos sexuais, incluindo sexo sem proteção, sexo casual e sexo com novos parceiros.
"As autoridades deveriam elevar os impostos sobre bebidas se procuram maneiras de impedir a transmissão de infecções sexuais", afirmou a principal autora, Stephanie A.S. Staras, professora assistente da Faculdade de Medicina da Universidade da Flórida. "Nos 18 meses após a elevação dos impostos em Maryland, 2.400 casos de gonorreia foram evitados, economizando US$ 500 mil de custos para a saúde pública."