Estátua de rei turco de 3.000 anos demonstra criatividade da Idade do Ferro
The New York Times
17/08/2012 18h48
Arqueólogos descobriram a estátua gigante de um rei turco que remonta a 3.000 anos.
Com uma parte quebrada, a escultura da cabeça e do torso do rei tem quase 1,5 metros de altura e, completa, pode ter medido mais de 3 metros, afirmou Timothy P. Harrison, arqueólogo da Universidade de Toronto e membro da equipe que fez a descoberta.
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A peça demonstra que a criatividade e a capacidade intelectual floresceram na Idade do Ferro, ainda que as cidades e os reinos fossem pequenos e independentes – diferentemente do sistema centralizado da Idade do Bronze.
"Isso se opõe a nossa percepção de que foram os grandes impérios que produziram criatividade", afirmou Harrison.
Os arqueólogos estão escavando onde no passado ficava uma cidade neo-hitita. As esculturas são de dentro de um complexo de passagens que fornecia acesso à cidadela central de Kunulua, capital do pequeno reino chamado Patina, entre 1.000 e 738 a.C.
A escultura de detalhes intrincados representa o rei Suppiluliuma, que reinou no século 9 a.C. Atrás da estátua, afirmou Harrison, há uma declaração autobiográfica escrita na língua luvita em hieróglifos.
Na inscrição, o rei discorre sobre como expandiu com sucesso as fronteiras do reino e erigiu um monumento em homenagem a seu pai.
Harrison afirmou que a estatua foi provavelmente danificada e queimada durante a invasão assíria no reinado de Suppiluliuma, em 858 a.C. Ele afirma que espera que, com o tempo, toda a estátua seja reconstituída.