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EUA preveem até 9 furacões na nova temporada no Atlântico

Quantidade é considerada "perto" ou "acima" da média Imagem: NOAA-NASA via AP

Em Miami

24/05/2018 17h09

 A temporada de furacões no Oceano Atlântico, que começa oficialmente no dia 1º de junho, pode ter uma atividade "perto" ou "acima" da média, de cinco a nove furacões, dos quais até quatro podem ser de categoria maior, segundo anunciou nesta quinta-feira (24) a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, sigla em inglês).

As previsões da agência americana em relação à temporada de furacões, que afeta durante seis meses os EUA, o Caribe e o México, indicam também a formação de 10 a 16 tempestades tropicais e 75% de chances de ser "perto ou mais ativa que o normal".

O estudo reflete a "possibilidade de um El Niño se desenvolvendo, junto com temperaturas médias na superfície do Atlântico e do Caribe", afirmou a NOAA, dois fatores que "se estabelecem em um contexto de condições atmosféricas e oceânicas que são propícias para o desenvolvimento de furacões e estiveram produzindo temporadas de furacões no Atlântico mais fortes desde 1995".

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Em uma temporada considerada normal para a NOAA é formada uma média de 12 tempestades tropicais, das quais seis se transformam em furacões e três deles alcançam categorias superiores, a partir de 3 na escala de intensidade de Saffir-Simpson, com ventos de mais de 111 milhas por hora (178 quilômetros por hora).

Até 2016, o principal elemento responsável por uma atividade abaixo do normal no Atlântico foi El Niño, muito presente no Pacífico, que inibe a formação de furacões no Atlântico.

Com El Niño ocorre um aumento da ação dos ventos cortantes nas camadas superiores no Atlântico, o que reduz a atividade ciclônica nestas águas, um fenômeno que não deve acontecer neste ano.

O órgão detalhou há 35% de probabilidades de a temporada, que termina no dia 30 de novembro, ser "acima do normal", 40% "perto do normal" e 25% de estar "abaixo".

Para tentar advertir a tempo os residentes das zonas mais afetadas por esses fenômenos meteorológicos, a NOAA conta desde o ano passado com novas ferramentas de observação, previsão e comunicação, como uma "sofisticada câmera" instalada no satélite GOES-16 e o novo satélite NOAA-20.

Também será utilizada neste ano uma nova versão do Sistema de Prognóstico Global chamado FV3 GFS e um modelo de acompanhamento de furacões de maior resolução.

No quadro de nomes das tempestades previstas no Atlântico para esta temporada, Alberto é o primeiro e William o último, número 21 da lista.

Alberto é o nome que pode ser dado à forte tempestade que está se formando em frente à costa de Yucatán, no México, e que o Centro Nacional de Furacões dos EUA calcula ter 70% de chances de se tornar a primeira tempestade tropical do ano já neste fim de semana, dias antes do início oficial da temporada de furacões.

Na memória de todos está a temporada de furacões de 2017 no Atlântico, que será recordada pelos devastadores Irma e Maria e por ter sido a primeira vez que três furacões de categoria 4 atingiram o litoral dos Estados Unidos, com danos calculados em 200 bilhões.

Em 2017 foram batidos outros recordes: foi também a mais ativa desde 2005, com 17 tempestades, das quais 10 foram furacões, seis deles de categoria maior.

A temporada de 2016 no Atlântico também foi mais intensa que o normal e trouxe o furacão Matthew, de categoria 5, que deixou pelo menos 500 mortos ao passar pelo Haiti, segundo números da NOAA.

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