Como era o 1º iPhone: os detalhes do celular da Apple anunciado há 15 anos
De Tilt*, em São Paulo
09/01/2022 15h36
Em 9 de janeiro de 2007, o mundo viu pela primeira vez o telefone que Steve Jobs, presidente-executivo da Apple, definia como "revolucionário". Era a apresentação do primeiro iPhone, durante o Macworld, um evento promovido pela empresa da maçã.
Exageros de Jobs à parte, o fato é que o aparelho influenciou o mercado de telefones. O curioso é que apesar de a apresentação ter sido no início de 2007, a venda do primeiro iPhone só começou em junho de 2007 nos EUA, o que, à época, causou grande expectativa do mercado sobre o telefone, além de aumentar a ansiedade de fãs da marca.
Como era o primeiro iPhone
Jobs introduziu o papo sobre o novo telefone, dizendo que, na verdade, seria um dispositivo três em um: um celular, um comunicador de internet e um iPod (dispositivo tocador de música da companhia). "Hoje a Apple está reinventando o telefone", disse o executivo e fundador da Apple.
Atualmente, Tim Cook, presidente-executivo da Apple, desde a morte de Jobs em 2011, apenas faz uma introdução e a apresentação de novos aparelhos e serviços é compartilhada com outros funcionários da companhia.
Como bom orador, Jobs fazia piadinhas e a todo momento argumentava que os smartphones da época não eram inteligentes: eles tinham telas pequenas, teclados físicos e os botões direcionais não se adaptavam aos aplicativos, tornando a experiência truncada.
O diferencial do iPhone foi trazer uma "telona" de 3,5 polegadas, e a interação com o telefone seria, nas palavras de Jobs, com o "melhor dispositivo apontador do mundo e que todos nós temos": os dedos.
O aparelho tinha apenas uma câmera na traseira de 2 megapixels - nada de câmera selfie, que só apareceu em outras edições do celular da Apple. Sobre o armazenamento, o primeiro iPhone tinha opções de 4 GB, 8 GB ou 16 GB.
O modelo mais barato, de 4 GB, era vendido atrelado a operadoras dos EUA e custava US$ 499. Em conversa direta e com o câmbio atual, isso seria cerca de R$ 2.800. A opção mais barata na loja da Apple no Brasil, o iPhone SE (64 GB), custa R$ 3.699.
Vale lembrar que para transferir músicas e fazer backup, as pessoas deveriam usar o iTunes , o mesmo software de sincronização dos iPods. Não havia serviços de streaming de música; as pessoas compravam músicas (ou baixavam ilegalmente) e depois transferiam para seus telefones para ouvir.
Quanto aos aplicativos, apesar de hoje em dia serem indispensáveis, eles só foram aparecer no iPhone em 2008 com a App Store. Antes disso, havia majoritariamente apps desenvolvidos pela própria Apple ou opções já embarcadas de terceiros.
Durante a apresentação, apareceram ainda parceiros da Apple na época. Eric Schmidt, que era presidente-executivo do Google, mostrou o Google Maps, e Jerry Yang, presidente-executivo do Yahoo, mostrou como funcionaria o aplicativo de e-mail.
Após o lançamento, muitas empresas foram deixando aos poucos os teclados físicos e aderiram ao design de tela grande e de interação por meio de toques.
Posteriormente, a Apple correu atrás da concorrência. A Samsung, por exemplo, foi pioneira ao oferecer telefones com telas gigantes, com o Galaxy Note, lançado em 2012, cuja primeira edição tinha um display de 5,3 polegadas. O primeiro iPhone equivalente a tamanho foi o iPhone 6 Plus, com 5,5 polegadas, em 2014.
Caso você queira assistir na íntegra a apresentação do primeiro iPhone feita por Steve Jobs, há algumas opções de vídeos legendados no YouTube. Ao todo, o evento tem duração de pouco mais de uma hora.
*Com reportagem de Letícia Naisa