O que sabemos dos novos Androids: um veio para te salvar da lentidão
Bruna Souza Cruz
Do UOL, em São Paulo
15/03/2018 04h00
A Google promete resolver a vida de quem tem um celular simples, com pouca memória e que vive travando. A solução é o sistema operacional Android Oreo Go, uma versão mais leve do já popular Android para celulares de baixo custo.
Segundo o Google, o Oreo 8.1 ocupa a metade do espaço de armazenamento, exige menos memória de processamento e roda aplicativos de forma mais leve e otimizada, ou seja, 15% mais rápido. Além disso, economiza os dados de navegação.
Por tudo isso, o novo sistema é ideal para celulares com memória RAM entre 512 MB e 1 GB.
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Para ajudar, a loja de aplicativos do Google vai identificar e destacar os programas que rodam melhor com o Android Go. O pacote de serviços também vai ficar mais leve e logo teremos versões YouTube Go, Gmail Go e Google Maps Go, por exemplo.
Lançado no final de 2017, o sistema operacional mais enxuto do Google até o momento começou a ganhar terreno agora que foram apresentados novos modelos na feira de celulares MWC (Mobile World Congress), que aconteceu em fevereiro em Barcelona.
Muitos deles já vem com a nova versão, como o Bharat Go (da companhia indiana Micromax Informatics), o GM 8 Go (da empresa turca General Mobile), o Lava LAVA Z50 (da também indiana Lava International Limited); e o Tempo Go (da ZTE).
No Brasil ainda não temos nenhum dispositivo que rode a nova versão, mas isso deve acontecer em breve. De qualquer forma, é bom saber que os modelos Nokia 1 e Alcatel 1X são os primeiros smartphones lançados com o Android Go no mercado mundial e é possível que eles venham para o Brasil.
O site The Verge já testou o sistema e contou que o Android Go ocupa cerca de 3 GB, bem menos que os mais de 10 GB ocupados normalmente. Além disso, o YouTube Go oferece três opções de qualidade de imagem para a reprodução de vídeo (básico, padrão e alta) e informa a quantidade de dados que será usada em cada item.
Android One
A linha Go promete fazer a diferença nos aparelhos mais simples, mas... Essa história não soa familiar?
O Android One faz parte de um programa que começou lá em 2014 com o objetivo de rodar melhor em dispositivos mais baratos e com menor capacidade. Ele começou sendo usado em celulares básicos, mas ganhou melhorias com o tempo e tem sido usado cada vez mais em modelos intermediários -- já que o Go veio para tornar tudo ainda mais leve para os de entrada.
Este é o sistema fornecido pela Google para as fabricantes que querem vender celulares com sistema Android --as marcas só precisam construir o hardware para que o sistema operacional rode. E uma das características mais fortes do One nesse sentido é oferecer um sistema puro, ou seja, sem customizações, mudanças no design e aplicativos criados pelas marcas. Essa pureza agrada muita gente.
A empresa defende o sistema simplificado torna a navegação mais intuitiva, principalmente dos serviços do Google, como YouTube, assistente virtual, Google Maps e Google Fotos.
Para a Google, o fato de o One ser um sistema mais puro facilita a chegada de atualizações de segurança do sistema operacional aos dispositivos.
Na MWC 2018, os Nokia 6, 7 Plus e 8 Sirocco vieram com essa versão do sistema.
Android P. What?
Pois é, o Google mal lançou o Android Go e já vem mais uma versão.
O chamado Android P foi liberado para desenvolvedores (este processo é bem comum, pois dá tempo para os programadores criarem aplicativos compatíveis com o sistema operacional).
Nada é oficial, mas se especula que o futuro Android foi projetado para rodar programas que funcionem em telas que tenham recortes (sabe o entalhe do iPhone X?).
Segundo o site Android Central, outras novidades seriam uma melhoria no recurso de localização do dispositivo, que ficaria mais preciso, e na forma com que as notificações são exibidas (com imagens e figurinhas além do texto).
Do ponto de vista da segurança, o Android P teria recebido um upgrade, envolvendo uma interface mais compatível com impressão digital de aplicativos e maiores restrições ao microfone, câmeras e sensores em aplicativos inativos.