Dilma participa de conversa no Facebook sobre Marco Civil da Internet
Do UOL, em São Paulo
24/04/2014 09h32Atualizada em 24/04/2014 10h27
A presidente Dilma Rousseff participa na manhã desta quinta-feira (24) de uma conversa com internautas na página oficial do Palácio do Planalto no Facebook. Em debate está o Marco Civil da Internet, que foi sancionado por Dilma nesta quarta-feira (23).
Para participar, os interessados deveriam escrever uma pergunta nos comentários de uma foto da presidente. A conversa iniciada por volta das 9h10 durou cerca de uma hora, quando foram respondidos 24 comentários e elogios.
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Em uma das respostas, Dilma atendeu o pedido de um internauta e o cumprimentou com um sinal de "high five" (quando duas pessoas tocam suas mãos abertas).
A sanção foi feita na abertura do evento Netmundial, no dia seguinte à aprovação do Marco Civil da Internet pelo Senado. A aprovação do projeto foi agilizada justamente para que pudesse ser apresentado já como lei durante o evento internacional, que aborda a governança da internet. Agora é necessário esperar a publicação do marco no "Diário Oficial", para saber quando ele entra em vigor.
Ao resumir alguns dos princípios do marco – uma "Constituição", com os direitos e deveres dos internautas e empresas ligadas à web -, Dilma deu destaque à neutralidade da rede (ponto mais polêmico do texto, que determina o tratamento igual de todo tipo de conteúdo). Segundo ela, esta foi uma conquista “que conseguimos tornar consensual ao longo do processo”.
Para a presidente, tão importante quanto garantir a renda é levar à população o acesso à internet. Isso porque, com a web, tem-se cidadãos com opiniões próprias, além da possibilidade de expressá-las. “Para nós, este é o valor inestimável da internet.” Ainda segundo Dilma, o ambiente virtual ajuda a promover e respeitar a diversidade étnica e cultural do Brasil.
Durante o discurso do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), duas pessoas da plateia fizeram um protesto, exibindo uma faixa com os dizeres: “Marco Civil sim, vigilância não”. O cartaz pedia o veto do artigo 15, que determina aos provedores a guarda do registro de acesso a aplicações de internet (caso do Facebook e Gmail, por exemplo).