Coquetel de anticorpos monoclonais é eficaz contra variantes, aponta estudo
Os pesquisadores determinaram, em estudos de cultivo celular, a capacidade destes anticorpos monoclonais, assim como anticorpos isolados do "plasma convalescente", de neutralizar variantes do vírus que surgiram no Reino Unido, África do Sul e no Brasil.
A maioria dos anticorpos monoclonais que foram desenvolvidos para combater a covid-19 mostraram uma "diminuição da potência neutralizante", especialmente contra cepas com uma mutação específica na posição 484 da proteína spike (S), que o vírus utiliza para entrar nas células.
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No entanto, alguns coquetéis de anticorpos monoclonais altamente neutralizantes mostraram "atividade intacta ou apenas ligeiramente diminuída" contra as variantes, explicou em comunicado o Vanderbilt University Medical Center, que criou alguns desses anticorpos.
Os especialistas acreditam que este resultado pode se dever ao fato de que estes anticorpos visam outros locais na proteína S "que não o resíduo E484K altamente mutável".
O diretor da entidade, James Crowe, explicou que foram escolhidos dois anticorpos para criar uma mistura que resistisse especificamente à fuga do Sars-CoV-2.
Crowe considera que este trabalho e outros recentemente publicados demonstram que a proteção mediada pelos anticorpos que desenvolveram e agora estão em seis ensaios clínicos de fase 3 "deve ser ampliada a todas as variantes atuais de interesse".
Os anticorpos do Vanderbilt University Medical Center descritos no artigo - COV2-2196 e COV2-2130 - foram isolados do sangue de um casal de Wuhan, na China, diagnosticado com covid-19 após viajar para Toronto em janeiro de 2020. EFE
cr/vnm