Produzida na Rússia, EpiVacCorona pode dar imunidade por pelo menos 6 meses
O cientista explicou, durante entrevista coletiva, que a conclusão foi feita a partir da análise em primatas, e avaliou que a expectativa é que a duração seja a mesma.
"A vacinação será sazonal, a frequência de repetição está sob investigação, mas pelo menos será necessário inocular novamente os seis meses ou talvez 10 meses", explicou o chefe do departamento de infecções.
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Segundo o especialista, após a segunda dose da vacina, a imunidade será mais estável. Posteriormente, a repetição da imunização seria necessária "uma vez a cada três anos", segundo indicou Rizhikov.
O chefe do departamento de infecções do Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vektor afirmou que as primeiras doses serão aplicadas na população russa a partir de 10 de dezembro, embora a campanha de vacinação em massa só vá começar em 2021, sendo voluntária e gratuita.
Segundo Rizhikov, foram produzidas até o momento 25 mil doses da vacina, que foi registrada oficialmente em 14 de outubro e está na última fase de testes clínicos.
"A produção da vacina do Centro Vektor está aumentando semana a semana. Seremos capazes de fazer até 5 milhões de doses por ano, com as capacidades existentes", disse.
A segunda vacina russa pode ser armazenada por até dois anos, a temperaturas entre 2 e 8 graus, de acordo com o cientista, que revelou que os dados preliminares sobre o antídoto serão publicados "em breve".
Além da EpiVacCorona, está sendo desenvolvida na Rússia a Sputnik V, pelo Centro Gamaleya de pesquisas epidemiológicas e microbiologia, assim como pelo Fundo de Fundo de Investimentos Diretos do país.