Primeira foto em cores foi possível graças a nanopartículas de prata
Durante mais de 170 anos, a natureza das cores que mostrava em sua imagem havia sido objeto de debate na comunidade científica sem uma resposta satisfatória a respeito.
As chamadas "imagens fotocromáticas" conseguiram reproduzir o espectro solar em uma placa metálica, e eram tão frágeis à luz que quase não restam exemplares.
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A técnica foi rapidamente abandonada devido a outros procedimentos mais simples, mas uma equipe do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS) conseguiu decifrá-la através da análise dessas placas.
Após reproduzir o processo para elaborar amostras de diferentes cores, a análise detectou a presença dessas nanopartículas nas placas e mostrou que, dependendo da cor da luz e, portanto, da sua energia, elas se reorganizam: algumas se fragmentam, outras se unem ou derretem.
O tamanho e a localização dessas nanopartículas variava de acordo com a cor mostrada.
"A nova configuração dá ao material a capacidade de absorver todas as cores da luz, exceto a da fonte: essa é, portanto, a cor que é percebida", diz o comunicado, que resume o estudo publicado na revista especializada "Angewandte Chemie International Edition".