WhatsApp Privacidade de ponta a ponta

A privacidade na internet é fundamental para o bom funcionamento das diferentes plataformas da rede - que passa, claro, pela satisfação dos usuários. Imagine a dor de cabeça de trocar mensagens, fotos e informações sensíveis através de um sistema que não mantém aqueles dados somente entre você e o destinatário!

No WhatsApp, aplicativo de mensagens mais usado no mundo - mais de 2 bilhões de usuários cadastrados, sendo mais de 120 milhões no Brasil -, a privacidade é garantida por um sistema chamado criptografia de ponta a ponta. Mas como isso funciona?

Thabata de Paula

Toda mensagem, quando enviada, é encriptada. É como se, ao seu clique de enviar, a mensagem fosse trancada por um cadeado que só poderá ser aberto pela pessoa para quem você enviou, porque somente ela tem a chave específica daquele cadeado. No meio do caminho, ninguém consegue destrancar.

As chaves são geradas automaticamente e todo esse processo acontece numa fração de segundo, sem que o usuário sequer perceba.

Por isso, o nome é criptografia de ponta a ponta. A mensagem que é trancada na ponta do remetente é aberta apenas pelo destinatário da outra ponta, através de uma chave especial única e particular.

A base da criptografia do WhatsApp é o chamado Protocolo Signal, criado para que terceiros não tenham acesso a conversas. O protocolo é automaticamente iniciado junto com o App, sem necessidade de ativação.

Dessa forma, quando dois usuários trocam mensagens pessoais de texto ou voz, fotos, vídeos e documentos via WhatsApp, todo o conteúdo é armazenado exclusivamente no celular de cada pessoa e nunca compartilhado com anunciantes ou qualquer outro indivíduo. Aliás, nem mesmo o WhatsApp pode ler ou ouvir as mensagens entre usuários. O mesmo vale para chamadas de voz ou vídeo.

Dois aspectos são importantes: a criptografia de ponta a ponta está sempre ativa e não pode ser desligada pelo usuário ou pelo WhatsApp. Além disso, as chaves são trocadas constantemente de forma automática. Essa última medida protege a criptografia das comunicações anteriores mesmo no caso do extravio do celular com as chaves atuais.

Isso funciona inclusive para os grupos, que possuem uma chave específica. Caso um usuário deixe o grupo, a chave é reiniciada automaticamente, mantendo a comunicação do grupo sempre restrita aos seus membros. Mesmo que aquele usuário retorne ao grupo depois, não poderá ver nenhuma mensagem enviada durante sua ausência.

Thabata de Paulo

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