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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para Tech Hour e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em Outubro de 2022

oferecido por Selo Publieditorial

O uso comercial da internet começou no anos 90. Na época, a rede mundial de computadores não permitia interações, tinha uma layout pobre e era bem complicado buscar por um determinado conteúdo em suas páginas.

A tecnologia então disponível, porém, já era uma enorme novidade em comparação à era pré-internet. Aí vieram os anos 2000 com as redes sociais, as plataformas de vídeos e diversos serviços digitais que revolucionaram a relação com a rede. As pessoas puderam começar a comentar em reportagens de portais, criar uma rede de amigos, escrever verbetes em páginas colaborativas e postar seus próprios conteúdos.

Essas foram as fases 1.0 e 2.0 da web. A primeira servia basicamente para leitura e compartilhamento de informações. Na segunda, as plataformas avançaram para permitir a interação dos usuários, consumo de conteúdo e uma capacidade de pesquisa imensamente maior.

Se hoje você faz quase tudo por meio de aplicativos - pede transporte, comida, compras, posta seus vídeos em redes sociais - é porque a Web 2.0 proporcionou esse salto tecnológico. Mas já tem muita gente trabalhando para desenvolver a próxima etapa da internet: a Web 3.0.

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Mais segura e personalizada

Esta nova fase do mundo digital promete ser mais descentralizada, transparente e segura. Isso porque seu grande foco estará nos dados pessoais de quem navega. Se hoje há pouco controle e transparência sobre a forma como essas informações são entregues e compartilhadas, na Web 3.0 os usuários serão os verdadeiros donos de seus dados.

Tudo o que a Web 2.0 tem de bom seguirá ao alcance das pessoas. Elas continuarão interagindo, criando conteúdo próprio e, eventualmente, monetizando o que produzem. Mas terão a posse daquilo que têm de mais precioso.

Hoje, muita gente sequer sabe que está gerando dados no instante em que se conecta. Você pesquisa sobre um determinado tema ou produto e de repente lá vem aquela enxurrada de anúncios teoricamente voltados às suas necessidades.

Na Web 3.0, a ideia é que o usuário decida se vai compartilhar seus dados, com quem irá compartilhá-los e se deseja monetizá-los. Será uma experiência muito mais individualizada e, como já dissemos, transparente.

O segredo desta nova revolução é, mais uma vez, a tecnologia blockchain. Trata-se, basicamente, de um banco de dados criptografado sob a forma de pedaços de códigos. Esses códigos contêm informações que estão conectadas, ou seja, são blocos que formam uma corrente. Daí vem seu nome: em português, "corrente de blocos".

Imagine que tudo a seu respeito estará devidamente protegido neste formato: transações financeiras, lojas onde você costuma comprar, o que você assistiu ou leu nos últimos tempos e muito mais.

Menos burocracia e intermediários

Protegidos pela criptografia, esses dados todos só serão compartilhados se você desejar. Para guardá-los e usá-los, você usará sua chave token, que é um código de identificação único.

Para ficarmos em um exemplo bem simples: hoje, você entra no site de uma loja e faz o login para buscar um certo produto. Para os algoritmos, você é uma pessoa um tanto genérica: gosta de sapatos. Já se você acessar com sua chave token, a plataforma terá uma ideia muito mais clara sobre suas necessidades.

De posse de seus tokens, as pessoas poderão interagir das mais variadas formas sem a necessidade de sempre passar pelos mesmas empresas ou entidades. As transações passarão por vários computadores do mundo todo, e não só pelos de sempre, das mesmas plataformas.

O uso do blockchain na Web 3.0 também tem potencial para eliminar burocracias e intermediários. No caso de alguém comprar um imóvel, todas as informações sobre a propriedade e a transação poderão ser acessadas diretamente, por meio de um contrato inteligente, sem a necessidade daquele périplo interminável para registrar tudo em papel.

Isso não significará que todas as decisões serão tomadas individualmente. A Web 3.0 propiciará o surgimento de novas modalidades de decisões coletivas. A DAO, sigla em inglês para organização autônoma descentralizada, é uma dessas possibilidades. Na prática, é um grupo de pessoas com objetivos em comum que se unem para tomar decisões em diferentes modelos democráticos e participativos.

Já está acontecendo

Embora ainda em processo de aperfeiçoamento, conceitos da Web 3.0 já estão presentes em algumas soluções e dispositivos. Com capacidade para dar respostas cada vez mais precisas para os usuários, os assistentes de voz são um exemplo do potencial da nova tecnologia.

Também já existem buscadores e browsers de navegação na internet voltados à Web 3.0. São programas que garantem muito mais privacidade para navegar na internet e uma capacidade maior de oferecer exatamente o conteúdo que você procura.

Para além das vantagens, porém, a Web 3.0 trará novas responsabilidades. Cuidar do token será essencial: se você perdê-lo, ninguém mais terá acesso aos códigos. Isso pode causar enormes problemas, por exemplo, no caso de uma herança deixada em criptoativos.

Aliás, a Web 3.0 tem tudo a ver com criptomoedas. Quase tudo o que foi explicado até aqui já está, em maior ou menor grau, funcionando no mercado de bitcoins e outras moedas virtuais, que são criadas em redes blockchain.

O mesmo vale para o NFT (non-fungible token), ou token não-fungível, pois é o código de computador que tem a função de certificar a autenticidade do arquivo e garantir que ele é único e insubstituível.

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