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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para Tech Hour e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em Outubro de 2022

oferecido por Selo Publieditorial

Até o começo dos anos 90, o conceito de "internet" era algo difícil de compreender e parecia coisa de ficção científica para a grande maioria das pessoas. Agora, é impensável um mundo sem a rede mundial de computadores.

O metaverso se encontra em um estágio parecido com o da internet de trinta anos atrás: ainda é um tanto confuso e com ares futuristas, mas em breve será parte do dia a dia de todos.

Em linhas gerais, o metaverso remete a realidades paralelas, que acontecem em mundos virtuais. Neles, é possível fazer muitas coisas, como comprar em lojas, ir a shows e interagir com outras pessoas.

E não se trata de um conceito novo. É bem possível que, ao longo da sua vida, você já tenha entrado em contato com uma forma incipiente de metaverso.

São os casos das versões antigas dos óculos 3D e do game Second Life, lançado em 2003 justamente com a proposta de permitir ao jogador experimentar uma vida paralela e totalmente virtual.

O grande diferencial é que, agora, as tecnologias avançaram o suficiente para proporcionar uma experiência bem mais intensa e sofisticada. A conexão à internet é mais rápida e os óculos 3D têm imagens com excelente definição, para citar apenas duas enormes evoluções.

O metaverso é, hoje, baseado em três pilares: realidade virtual, realidade aumentada e NFT. No primeiro, há uma imersão total do usuário. Por meio de um avatar, ele interage com um mundo totalmente virtual. Na realidade aumentada, ainda há uma interação com o mundo físico ao redor, mas com a presença de componentes virtuais.

Já o NFT é um ativo exclusivamente digital. Possui registro de autenticidade, é insubstituível e armazenado em ambiente também digital.

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Realidade virtual

Já há várias aplicações de realidade virtual em uso. Por meio de gadgets como capacetes ou óculos, o usuário navega em games como se ele próprio fosse o personagem. Várias empresas também já vêm introduzindo a tecnologia como uma forma de elevar a experiência do cliente a outro patamar.

Ele pode interagir com produtos, além de experimentá-los, antes de fazer uma compra. É o que já vem fazendo algumas marcas de vestuário. Recentemente, uma grande varejista de moda sueca anunciou o lançamento de uma loja no metaverso. Já uma famosa marca esportiva lançou sua primeira coleção de tênis virtual e vendeu 20 mil unidades em um único final de semana.

Em uma prova de como esse mercado é levado a sério, uma concorrente desta marca esportiva também lançou sua coleção no metaverso. Os usuários puderam comprar ingressos para entrar numa espécie de fã-clube, onde tiveram acesso a produtos e experiências exclusivas.

Até as indústrias automobilística e de alimentos vêm oferecendo esse tipo de experiência. No começo deste ano, uma grande fabricante de automóveis alemã disponibilizou uma versão virtual de seu novo modelo, um veículo SUV elétrico. Hospedado em um servidor exclusivo, o carro esteve à disposição para interessados conhecerem de perto seus detalhes e experimentarem um test-drive virtual.

No caso da fabricante de refrigerantes, a bebida lançada foi "real". Seu sabor, porém, foi desenvolvido por meio de uma plataforma colaborativa dentro de um game que utiliza o metaverso.

O metaverso tem tudo para se tornar um novo paradigma. Talvez você conhecerá pessoas em uma festa virtual, convidará alguém para um passeio no metaverso ou até irá adquirir um terreno e - quem sabe - será vizinho do avatar daquele artista que você admira.

E não se trata de especulação: já há terrenos no metaverso sendo vendidos. Em alguns casos, por valores tão ou mais altos que os de um terreno "real". Em maio deste ano, por exemplo, lotes de um terreno virtual no metaverso foram vendidos 320 milhões de dólares em um leilão virtual.

Em 2021, uma plataforma virtual especializada em metaverso movimentou mais de 110 milhões de dólares com a venda de terremos e outros itens virtuais, como roupas e equipamentos.

Grandes marcas dos mais diversos setores estão correndo para adquirir terrenos virtuais. Um banco britânico adquiriu um terreno virtual em um conhecido jogo online. Também já fizeram o mesmo uma rede de supermercados francesa, uma gigante da tecnologia e uma das maiores empresas de auditoria do mundo.

E a realidade virtual vai muito além do uso recreativo e comercial. Na medicina, já é aplicada para simular cirurgias, tratar fobias e ansiedade, proporcionar qualidade de vida para idosos e até auxiliar na fisioterapia de pacientes que sofreram AVC ou traumas na coluna vertebral.

Seu potencial é o de se transformar em uma ferramenta valiosa para as mais diversas áreas. Além de médicos, a realidade virtual pode auxiliar no treinamentos de profissionais que atuam em segmentos de alto risco como o da construção civil e manutenção da rede elétrica, por exemplo.

A tecnologia também chegou com força para mudar o mundo corporativo. Imagine que, por meio dela, é possível organizar um encontro para um determinado setor da empresa sem precisar deslocar fisicamente centenas de colaboradores. Ou fazer o onboarding (integração de novos colaboradores) de forma virtual, mais ágil e prática.

Realidade aumentada

Muita gente também conhece a realidade aumentada pelos games e pela série de aplicativos já disponíveis. Você aponta o celular e lá estão, no mundo "real", bichinhos virtuais para você capturar. Mas a tecnologia igualmente oferece aplicações bem mais abrangentes. Com algumas diferenças, também beneficia todas as áreas citadas anteriormente.

Ao integrar celulares, óculos, capacetes e outros gadgets com equipamentos e robôs usados em cirurgias, por exemplo, a realidade aumentada auxilia a medicina em diagnósticos e procedimentos que exigem grande precisão.

Um bom exemplo é o de uma plataforma já utilizada por profissionais de saúde nos EUA. Por meio da tecnologia, médicos, cirurgiões e enfermeiros conseguem interagir, e fazer marcações, em modelos anatômicos que simulam partes do corpo antes de iniciarem o tratamento.

Na área da educação, a realidade aumentada pode despertar o interesse do estudante por um determinado assunto, otimizando seu aprendizado.

Já existe um aplicativo por meio do qual estudantes apontam seus dispositivos móveis e identificam estrelas, constelações e planetas.

Outra solução de realidade aumentada também em uso possibilita que alunos explorem os órgãos internos dos animais nas aulas de biologia, enquanto um aplicativo que simula bombardeios durante uma guerra ajuda os estudantes a vivenciarem de forma realista um momento histórico.

E mesmo áreas de alta complexidade têm muito a ganhar com a realidade aumentada. Na indústria, a tecnologia traz mais segurança, redução de custos e produtividade. É possível utilizá-la, por exemplo, para testar um determinado procedimento antes de executá-lo, ou na manutenção e inspeção de equipamentos.

NFT

Mas e o tão falado NFT? O conceito ainda parece indecifrável para muita gente, mas está longe de ser um bicho de sete cabeças.

NFT é a sigla para non-fungible token, ou token não-fungível. Trata-se de um código de computador que tem a função de certificar a autenticidade de um arquivo e garantir que ele é único e insubstituível. Na prática, o NFT é o próprio bem ou ativo negociado.

Sabe os terrenos no metaverso mencionados anteriormente? É o tal código que assegura ao comprador que ele está adquirindo o arquivo original. O NFT está na base da transação de qualquer bem virtual: de itens simples a obras de artes vendidas por milhões de dólares.

Nestes casos, ocorre o mesmo que com quadros e outras obras de arte famosas: há muitas réplicas à disposição, mas só o original carrega o verdadeiro valor da peça.

O NFT também certifica a propriedade de itens que só existem no mundo virtual.

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