Já há várias aplicações de realidade virtual em uso. Por meio de gadgets como capacetes ou óculos, o usuário navega em games como se ele próprio fosse o personagem. Várias empresas também já vêm introduzindo a tecnologia como uma forma de elevar a experiência do cliente a outro patamar.
Ele pode interagir com produtos, além de experimentá-los, antes de fazer uma compra. É o que já vem fazendo algumas marcas de vestuário. Recentemente, uma grande varejista de moda sueca anunciou o lançamento de uma loja no metaverso. Já uma famosa marca esportiva lançou sua primeira coleção de tênis virtual e vendeu 20 mil unidades em um único final de semana.
Em uma prova de como esse mercado é levado a sério, uma concorrente desta marca esportiva também lançou sua coleção no metaverso. Os usuários puderam comprar ingressos para entrar numa espécie de fã-clube, onde tiveram acesso a produtos e experiências exclusivas.
Até as indústrias automobilística e de alimentos vêm oferecendo esse tipo de experiência. No começo deste ano, uma grande fabricante de automóveis alemã disponibilizou uma versão virtual de seu novo modelo, um veículo SUV elétrico. Hospedado em um servidor exclusivo, o carro esteve à disposição para interessados conhecerem de perto seus detalhes e experimentarem um test-drive virtual.
No caso da fabricante de refrigerantes, a bebida lançada foi "real". Seu sabor, porém, foi desenvolvido por meio de uma plataforma colaborativa dentro de um game que utiliza o metaverso.
O metaverso tem tudo para se tornar um novo paradigma. Talvez você conhecerá pessoas em uma festa virtual, convidará alguém para um passeio no metaverso ou até irá adquirir um terreno e - quem sabe - será vizinho do avatar daquele artista que você admira.
E não se trata de especulação: já há terrenos no metaverso sendo vendidos. Em alguns casos, por valores tão ou mais altos que os de um terreno "real". Em maio deste ano, por exemplo, lotes de um terreno virtual no metaverso foram vendidos 320 milhões de dólares em um leilão virtual.
Em 2021, uma plataforma virtual especializada em metaverso movimentou mais de 110 milhões de dólares com a venda de terremos e outros itens virtuais, como roupas e equipamentos.
Grandes marcas dos mais diversos setores estão correndo para adquirir terrenos virtuais. Um banco britânico adquiriu um terreno virtual em um conhecido jogo online. Também já fizeram o mesmo uma rede de supermercados francesa, uma gigante da tecnologia e uma das maiores empresas de auditoria do mundo.
E a realidade virtual vai muito além do uso recreativo e comercial. Na medicina, já é aplicada para simular cirurgias, tratar fobias e ansiedade, proporcionar qualidade de vida para idosos e até auxiliar na fisioterapia de pacientes que sofreram AVC ou traumas na coluna vertebral.
Seu potencial é o de se transformar em uma ferramenta valiosa para as mais diversas áreas. Além de médicos, a realidade virtual pode auxiliar no treinamentos de profissionais que atuam em segmentos de alto risco como o da construção civil e manutenção da rede elétrica, por exemplo.
A tecnologia também chegou com força para mudar o mundo corporativo. Imagine que, por meio dela, é possível organizar um encontro para um determinado setor da empresa sem precisar deslocar fisicamente centenas de colaboradores. Ou fazer o onboarding (integração de novos colaboradores) de forma virtual, mais ágil e prática.