Game de "Ataque dos Titãs" pode divertir até mesmo quem não conhece o anime
Pedro Henrique Lutti Lippe
Do UOL, em São Paulo
15/09/2016 16h52
Goste você ou não dos personagens ou da trama de "Ataque dos Titãs", é preciso admitir: os combates entre os frágeis humanos e as monstruosidades gigantescas que dão nome à série são muito legais.
Com a ajuda de ganchos e um par de propulsores a vapor, os pequenos guerreiros voam com destreza e agilidade incríveis pelas cidades e florestas, sendo obrigados a atingir os titãs em seu ponto fraco na nuca para derrubá-los. As cenas de ação são inspiradoras no mangá, e muito empolgantes no anime.
Adaptar os combates nada convencionais da série para um game é um objetivo concreto, mas nada fácil de realizar. Como fazer com que os personagens movimentem-se rapidamente pelos cenários sem que o jogador perca precisão nos comandos? Como retratar a imponência dos inimigos na medida certa? Como fazer com que, graficamente, a ação lembre a do anime?
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A Omega Force superou-se, e encontrou as respostas certas para todas essas questões. "Attack on Titan" adapta com perfeição a ação da popular franquia.
Conhecido por games como "Dynasty Warriors" e "Hyrule Warriors", o estúdio povoou vastos cenários, como florestas e as ruínas do Distrito Shigashina, com os terríveis titãs. No controle de Eren, Mikasa, Armin e companhia, os jogadores devem 'voar' de um lado para outro derrotando os inimigos e cumprindo objetivos estratégicos.
Ao dar de cara com um titã, o jogador é capaz de decidir, em câmera lenta, um ponto para atacar. Golpear as pernas de um titã impacta sua mobilidade; os braços, sua capacidade de revidar. O objetivo final, claro, é a nuca do monstro.
Assim como no anime, existem ainda titãs anormais, que seguem padrões comportamentais diferentes da maioria, e os chamados 'bizarros', como o titã colossal e o titã de armadura. Eles aparecem como chefes na história e em missões paralelas, e acrescentam variedade e uma dose extra de tensão à ação.
Feito raro para adaptações, "Attack on Titan" transcende a obra original, e consegue criar uma experiência capaz de divertir até mesmo quem não conhece o anime ou o mangá.