"Grand Kingdom" é o melhor RPG de 2016 que você ainda não jogou
Pedro Henrique Lutti Lippe
Do UOL, em São Paulo
01/08/2016 12h36
Lançado sem fazer muito barulho, "Grand Kingdom" é um excelente RPG tático para PlayStation 4 e Vita que aproveita a herança do clássico gênero, mas inova com um sistema de combate que mistura turnos e ação.
Depois de um século de guerras, o continente é dividido entre quatro reinos que dependem de guerreiros contratados para lutar suas batalhas. O game conta a história de um bando de mercenários que, após uma derrota, decide afiliar-se a uma poderosa guilda.
No controle deste bando, o jogador é livre para contratar mercenários de diversas classes para montar seu time de heróis e para firmar pactos com qualquer um dos quatro reinos, seja ao longo da história ou em campanhas online.
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"Grand Kingdom" é o primeiro trabalho do estúdio Monochrome, de Tomohiko Deguchi - o homem por trás de "Muramasa: The Demon Blade" e "Grand Knights History", ambos da Vanillaware.
A bela estética do game mistura o característico estilo de jogos como "Odin Sphere" e "Dragon's Crown" a um traço reminiscente de animes dos anos 2000.
E apesar da beleza do game ser um grande chamariz, ela não é seu ponto mais forte. O destaque fica com o engenhoso sistema de batalhas, que permite ao jogador movimentar suas unidades pelo campo como em "Valkyria Chronicles" e atacar com a ajuda de mecânicas de ritmo à la "Paper Mario".
Campanhas são disputadas em um tabuleiro, que esconde tesouros, armadilhas, oponentes e vários outros segredos. É preciso levar em conta fatores como moral dos soldados e limite de tempo para se dar bem nas disputas.
Extremamente complexo, "Grand Kingdom" permite que os jogadores personalizem sua experiência livremente, montando times com suas classes, habilidades e equipamentos favoritos. Metade do jogo é o gerenciamento do bando de mercenários - um processo lento, porém gratificante, pois controlar os personagens é muito divertido.
"Grand Kingdom" é para fãs de RPGs táticos clássicos como "Final Fantasy Tactics" e "Fire Emblem", mas não só; jogadores que costumam evitar o gênero por medo de sua complexidade podem encontrar no diferenciado sistema de combate do game motivo para entrar de cabeça no aspecto de gerenciamento.