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"Dark Souls 2" na nova geração: vale jogar de novo ou é só perfumaria?

Pablo Raphael

Do UOL, em São Paulo

13/04/2015 12h00

Com a chegada de “Scholar of the First Sin”, um dos melhores RPGs de 2014, “Dark Souls II”, poderia ser mais uma vítima da moda de remasterizações medianas e relançamentos que assola os consoles PlayStation 4 e Xbox One. 

Poderia, se a produtora From Software (a mesma de “Bloodborne”) não tivesse feito questão de agregar muito conteúdo ao game com essa nova edição, além de preparar boas surpresas para os jogadores que já conheciam cada segredo e detalhe do jogo original.

Como além do PS4 e do Xone “Scholar of the First Sin” tem versões para PC, PS3 e Xbox 360, o conteúdo adicional é muito bem vindo - melhorias gráficas mesmo, só nos novos consoles, já que o PC rodava o game com a melhor resolução desde o lançamento original.

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Muitos inimigos foram reposicionados, complicando a vida de quem já pensava saber tudo. Ao atravessar um rio que antes não oferecia nenhum desafio, eis que você encontra um gigante vagando pelo lugar.

Pior ainda: você passa por um corredor enfrentando (ou se esquivando) vários cavaleiros fortemente armados. Tudo para chegar ao ponto onde estava um famigerado anel essencial para avançar no game e descobrir que em “Scholar of the First Sin”, o anel não está lá. E da-lhe bater cabeça e procurar de novo.

O desafio de descobrir tudo de novo, desvendar os novos segredos e passar por cada área para descobrir o que continua no mesmo lugar e o que mudou, fazem de “Scholar of the First Sin” uma experiência ao mesmo tempo familiar e refrescante para o jogador calejado.

Se você é familiarizado com os jogos da série “Legend of Zelda”, terá a mesma sensação de quando entrou em uma Master Quest pela primeira vez. Você sabe o que vai enfrentar, mas não é exatamente a mesma coisa - e isso é bom.

É uma pena que não há a opção de jogar no arranjo tradicional - que particularmente, considero melhor do que o desta edição. Para quem vai jogar “Dark Souls II” pela primeira vez em “Scholar of the First Sin”, seria uma experiência bacana poder medir forças também no design original.

Conteúdo extra

Como de costume nas edições “Jogo do Ano” ou nas melhores remasterizações, “Scholar of the First Sin” traz todas as expansões lançadas para “Dark Souls II”.

Os três pacotes “Lost Crown” trazem algumas das melhores aventuras e puzzles que você vai jogar em muito tempo, ampliando o conteúdo de “Dark Souls II” significativamente. Esse conteúdo só é liberado no fim do jogo, o que faz sentido: seus monstros e desafios não são para aventureiros recém-iniciados.

Sobre os gráficos: sim, é bonito pra caramba jogar “Dark Souls II” em 1080p, mas os consoles não dão conta de manter a taxa de 60 quadros constantes - o que é um problema em um jogo que requer precisão nos comandos e onde um único erro é invariavelmente fatal. Seria legal ter a opção de travar a taxa de quadros em 30fps, como é no game de PS3 e X360.

ASSISTA AO TRAILER DE "SCHOLAR OF THE FIRST SIN"

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Vale jogar de novo?

“Scholar of the First Sin” é uma ótima pedida para quem curte jogos desafiadores e não tem problemas com frustração, principalmente no começo do game. Também é uma compra certa para veteranos do game original que deixaram passar as expansões no ano passado, jogadores de “Bloodborne” sedentos por mais - e claro, aqueles que se encaixam no perfil acima e tem um PC de ponta ou um Xbox One.

Afinal, quem não tem “Bloodborne" sempre pode caçar com “Dark Souls II”.

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