BGS: Entre fotos e autógrafos, pro-players ganham status de celebridades
Pedro Henrique Lutti Lippe
Do UOL, em São Paulo
10/10/2014 15h46
Por causa de seus pro-players, "League of Legends" conseguiu atrair visitantes para o Brasil Game Show mesmo sem ter um estande na feira.
Na quinta-feira (9), poucos acontecimentos causaram tanta comoção quanto a sessão de fotografias e autógrafos com os jogadores da KaBuM! e-Sports, equipe campeã brasileira do game que voltou recentemente do Mundial, onde eles eliminaram os campeões europeus.
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"Muita coisa mudou desde o começo da cena de eSports aqui no Brasil", relembra Bruno "bit" Lima, técnico da KaBuM! que fez fama como jogador profissional de "Counter-Strike" no início dos anos 2000.
Experiente, Bruno diz que lida com o assédio dos fãs com naturalidade. "Para mim, ter que dar autógrafo foi uma coisa que veio ao longo de muito tempo, como uma evolução do meu trabalho", afirma. "Mas, para os garotos, que entraram nesse mundo de cabeça e muito mais novos, o impacto foi muito diferente".
Um dos pro-players mais procurados pelo público é Gustavo "Minerva" Alves, carregador da KaBuM!.
"Isso tudo é muito bom. Ver que a galera que joga se importa é perceber que seu trabalho deu certo", diz.
Em meio a fãs, Gustavo tem pouco tempo para respirar entre uma abordagem e outra. Mas atende aos pedidos com atenção e respeito, apesar de admitir que o processo todo é bastante cansativo.
"Eu nunca imaginei isso para mim dentro do 'LoL'," lembra o pro-player. "Comecei a jogar, e todo o resto aconteceu muito rápido. Em menos de três meses eu já estava no topo dos rankings. Comecei então a receber convites de vários times, e fui aceito na paiN. E assim minha carreira se firmou".
Gustavo admite que, por ora, o status de celebridade existe apenas online e dentro de eventos de games. Mas ele conta que já foi reconhecido nas ruas.
"Recentemente eu saí para jantar com minha mãe. Fomos até um restaurante, e entre o estacionamento onde paramos o carro e o lugar quatro jovens começaram a nos seguir", diz. "Minha mãe ficou muito assustada, já pensando que algo ruim aconteceria. Mas então eles vieram me cumprimentar, dizendo 'E aí, Minerva?'. Foi engraçado. É uma sensação muito boa".