E3: Chuva de novos lutadores marca "Mortal Kombat X", conta criador do jogo
Pedro Henrique Lutti Lippe
Do Gamehall, em Los Angeles
13/06/2014 13h47
Mesmo após vários tropeços em um período de poucos anos, a série “Mortal Kombat” nunca perdeu o amor dos fãs. Em 2011, a NetherRealm conseguiu recapturar a mística que cercava a marca nos tempos dos fliperamas com um reboot - e agora, com “Mortal Kombat X”, a proposta é expandir o sucesso não apenas com nostalgia, mas também novas ideias.
“Esse ‘X’ significa tantas coisas”, comentou Ed Boon, criador da série e diretor do novo game em entrevista exclusiva ao UOL Jogos. “Ele é o numeral romano para 10, por ser o décimo ‘Mortal Kombat’... Mas ele também marca a estreia da série na nova geração de consoles e as primeiras aparições de uma nova geração de combatentes”.
Além dos já confirmados anteriormente Scorpion e Sub-Zero, a lista de personagens jogáveis de “X” incluirá novas faces, como a mulher-inseto D’vorah, o combo entre garota e bruto Ferra/Torr, o misterioso Kotal Kahn e Cassie Cage, filha de Johnny Cage com Sonya.
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“A maior novidade representada pelo ‘X’, porém, é o sistema de variações. Acredito que ele trará uma nova camada de estratégia à fórmula dos combates”, disse o diretor. E foi exatamente isso que observamos em nosso teste.
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O triplo de personagens
Ed Boon ainda não confirma quantos personagens “Mortal Kombat X” terá no total - apesar de garantir que alguns deles terão formas ‘menos humanas’ ao ser questionado sobre Motaro -, mas já sabemos que não faltarão opções aos jogadores por causa do sistema de variações.
Com ele, cada personagem tem três versões, e cada uma delas se especializa em habilidades diferentes. Sub-Zero, por exemplo, pode utilizar poderes defensivos, ou então criar clones de gelo.
“Antes, alguém diria que, por exemplo, o Scorpion é fraco contra o Sub-Zero. Hoje, dirão que Scorpion A é forte contra Sub-Zero C, e por aí vai. Acho que isso aumenta a quantidade de estratégias e opções disponíveis para os jogadores, e por isso renderá batalhas mais interessantes”, explicou Boon.
“Equilibrar o jogo com esse novo sistema é bem mais difícil, porque você tem três versões de cada personagem. Mas não estamos tendo problemas com isso”, garantiu. “Chamaremos os jogadores profissionais e contaremos com as opiniões deles na hora de decidir o equilíbrio do game”.
Influência interna
Na demo da E3, ainda mais evidente do que as diferenças estratégicas causadas pela existência de variações estava a influência de “Injustice” no jogo.
“Sempre escrevemos o que deu certo e o que deu errado, e do que os fãs gostaram em um game nosso para aproveitarmos as mesmas ideias depois”, explicou Boon.
Por causa desse costume, a NetherRealm incluiu e expandiu em “Mortal Kombat X” ideias como a dos ‘momentos raio-x’ de seu predecessor direto e a dos cenários interativos. Como no jogo de luta de heróis e vilões da DC, é possível utilizar elementos do fundo de cada estágio para atacar ou escapar de investidas inimigas.
Da mesma forma, a campanha para um jogador, que Ed Boon reconhece como “um dos modos favoritos dos fãs”, será “ainda maior e melhor” que “Injustice”.
Por fim, o diretor garantiu: a NetherRealm está trabalhando apenas nas versões de PlayStation 4, Xbox One e PC do game, enquanto um outro estúdio cuidará das conversões para PlayStation 3 e Xbox 360. O resultado do desenvolvimento veremos em 2015, quando “Mortal Kombat X” deverá ser lançado.