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OPINIÃO

Boyband Westlife reencontra fãs em show nostálgico e cheio de hits em SP

A boy band irlandesa Westlife em show em São Paulo no domingo (24), no Espaço Unimed Imagem: Reprodução YouTube

Adriana Del Ré

Colaboração para Splash, em São Paulo

25/03/2024 13h00

Foram mais de 20 anos sem vir ao Brasil — a última vez, foi em 2001. Mesmo assim, a boyband irlandesa Westlife, que conquistou grande projeção nos anos 2000, não apenas manteve sua base de fãs por aqui como também a renovou.

Isso se comprovou no público de diferentes gerações que ocupou o Espaço Unimed, em São Paulo, na única apresentação que o grupo fez no Brasil, na noite deste domingo, 24. O feito chamou atenção do próprio Nicky Byrne, um de seus integrantes da banda, enquanto ele interagia com o público.

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Como na América do Sul o único show deles foi no Brasil, havia muitos fãs de outros países, como Argentina e Chile. Isso também não passou despercebido pelo grupo.

Por isso, o tom da apresentação do Westlife foi de nostalgia, tanto por parte do público, que não via um show da banda há muito tempo; quanto do lado da banda, que, com sua turnê mundial "The Wild Dreams Tour", na estrada desde 2022, investiu em um repertório que revisita seus grandes hits para celebrar os 25 anos de carreira.

Esse formato de show vai ao encontro de um movimento que se consolidou na pandemia, que é a busca por músicas-conforto, que são aquelas canções que fazem parte da memória afetiva.

Público fotografa show do Westlife, no domingo (24), em São Paulo Imagem: Reprodução YouTube

O Westlife subiu ao palco pontualmente às 21h em formato de trio, com Byrne, Shane Filan e Kian Egan, já que o quarto membro da boyband, Mark Feehily, está afastado temporariamente por recomendação médica após passar por uma cirurgia.

Originalmente um quinteto, o grupo já havia passado pela experiência de um desfalque e precisou se reorganizar internamente depois que Brian McFadden decidiu se desligar da banda em 2004. Eles também passaram por uma separação entre 2011 e 2018.

Apesar do clima de revival, a banda escolheu abrir os shows com "Starlight", de seu disco mais recente, "Wild Dreams", lançado em 2021, e que dá nome à tour. E o público já estava com a letra na ponta da língua.

Depois, passearam por vários sucessos, sobretudo do início de carreira, como "When You're Looking Like That", "My Love", "I Lay My Love on You", "Swear It Again" e "Flying without Wings".

Os covers são outro forte da banda e, dessa seara, fizeram boas versões de "What About Now", "Mandy", "Uptown Girl" e um trecho à capela de "More Than Words", do Extreme, além de ter dedicado todo um set para clássicos do ABBA, com "Mamma Mia", "Gimme Gimme Gimme", "Money, Money, Money", "Take a Chance on Me", "I Have a Dream", "Dancing Queen" e "Thank You for the Music". Com essa configuração de canções, transitaram da música romântica ao pop e rock.

A apresentação do Westlife no Espaço Unimed, em São Paulo Imagem: Reprodução YouTube

É interessante observar que, ao vivo, o Westlife está mais para um grupo vocal como Il Divo, guardadas as devidas proporções, do que propriamente para um modelo de boyband mais popular, como Backstreet Boys, N'SYNC, One Direction ou mesmo BTS.

Os shows dos irlandeses não contam com uma megaprodução, tampouco eles apresentam no palco coreografias exaustivamente ensaiadas, sincronizadas e superelaboradas.

Claro que o trio dança, se movimenta no palco, faz trocas de figurino, mas o foco de sua performance está, principalmente, na voz — daí a comparação com Il Divo. O cantor Shane Filan se destaca como o vocalista principal da banda, seguido por Nicky Byrne e Kian Egan como espécie de segundas vozes — mas que também ganham protagonismo em algumas canções.

Ao longo da apresentação, eles se divertiram interagindo com os fãs, falavam a toda hora como estavam felizes por estar ali e reservaram um momento para comemorar aquele que foi 100º show da turnê, com direito a bolo e champanhe. No final da apresentação, vestiram a camisa do Brasil e levantaram a bandeira brasileira ao lado da irlandesa.

Fãs colam na grade para ver de perto a boy band Westlife, no domingo (24), em São Paulo Imagem: Adriana Del Ré/UOL

Foi o pacote completo de um show visivelmente construído para agradar aos fãs, com um repertório afetivo que contemplou os grandes hits, boas interpretações, muita simpatia e interação, num clima leve e amistoso. A missão foi cumprida com sucesso.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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