Veja em ilustrações como foi a agressão do marido em relato de Ana Hickmann

Desentendimento na cozinha

Por volta das 15h30, Ana Hickmann estava na cozinha da mansão, acompanhada do marido, do filho do casal e de duas funcionárias, quando a briga começou.

Ana Hickmann afirmou que conversava com o filho Alexandre, 10, no momento em que o desentendimento com o marido começou. O assunto não teria agradado o empresário, que a repreendeu.

Contra a parede

Alexandre pressionou Ana Hickmann contra a parede da cozinha, segundo o boletim de ocorrência. Foi o primeiro ato agressivo de Alexandre relatado pela apresentadora na denúncia.

Dois funcionários do casal teriam presenciado a agressão e foram citados na denúncia. O filho do casal saiu assustado do local.

Agressão

Alexandre ameaçou dar cabeçadas na apresentadora, conforme o relato. Ana disse que tentou sair da cozinha em busca do celular, mas foi alcançada pelo empresário. Ele teria fechado uma porta no braço esquerdo da apresentadora.

Polícia acionada

Ana Hickmann conseguiu acesso ao celular e chamou a polícia após trancar o marido para fora da cozinha. Alexandre optou por ir embora do local antes da chegada da viatura policial.

Segundo a polícia, por meios próprios, a apresentadora se deslocou até um hospital da cidade. Policiais fizeram a escolta da apresentadora até a delegacia para a realização da denúncia.

Denúncia

Ana Hickmann passou por exame de raio-X e teve o braço esquerdo imobilizado com uma tipoia. Com base no exame mencionado, o médico responsável diagnosticou que a modelo teve uma contusão no cotovelo.

Apresentadora registrou queixa contra Alexandre Correa por lesão corporal e violência doméstica. Ainda segundo o boletim, ela tomou ciência das medidas protetivas conferidas pela lei Maria da Penha, porém, optou por não requerê-las.

O que casal diz após agressão?

Ana Hickmann compartilhou vídeo na manhã da última quarta-feira (15). "Estava machucando. Agora que voltei, queria aproveitar esse espaço e agradecer o apoio de vocês. Para ter coragem e continuar enfrentando tudo o que vem pela frente".

Sei que estou ausente há bastante tempo, mas os motivos todo mundo entende, né? Me afastei, não consegui olhar as notícias, olhar nada, porque tinha muitas verdades, mas também muitas inverdades.
Ana Hickmann

Certas coisas acontecem para nos tornar mais fortes, analisou a apresentadora. "Eu sou mulher, eu sou mãe e isso para mim nunca vai mudar. Vou lutar pelo meu filho, pela minha vida, pelos meus negócios. Por todos que estão ao meu redor e me amam de verdade. Obrigada mais uma vez. Em breve vou voltar para a minha rotina, mas estava precisando desse espaço".

Alexandre voltou a admitir agressão em entrevista ao "Fofocalizando" (SBT) exibida também na quarta-feira (15). "Medo eu não tenho de nada na vida, nem da morte. O que eu tenho é tristeza das abordagens que a gente sofre".

Alexandre negou que a briga tenha acontecido por conta de processos e dívidas. "Não sei [o que vai ser o futuro]. Não suficiente todo o problema, magoa a gente demais. É muita vontade de destruir o próximo. A gente fica impotente, porque somos uma formiga perto da imprensa, ainda mais eu. Se ainda fosse a Ana, tudo bem, mas quem sou eu na fila do pão? Um ser humano comum, como vou ficar me defendendo? Essa história de processo e dívida é fantasioso".

Meu arrependimento não é nem arrependimento, é um sentimento que não sei se existia. É um buraco que fica no peito da gente.
Alexandre Correa, marido de Ana Hickmann

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.

A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.