A banda, inclusive, atraiu gente de todo o Brasil para o Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Splash cruzou com fãs do Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul que vieram para o Lollapalooza com o objetivo de ver ou rever o Foo Fighters, que faria sua sexta passagem pelo país.
"O que vai ficar pra mim é que no Lolla de 2012 eu estava no Jockey e foi o Foo Fighters. Guardo a imagem do Dave e do Taylor de dez anos atrás abraçados e interagindo com a galera do Lolla", conta Larissa Maia, de Fortaleza, que estava empolgada para ver a banda novamente uma década depois.
"Fechou-se um ciclo para mim e para a banda. Mas ao mesmo tempo que eu estou triste por ele ter partido e eu não ter visto o show tenho a boa lembrança dos discos de da imagem dele sempre sorrindo. É isso que vai ficar", diz a fã cearense.
Do outro lado do mapa, Carolina Heinig, de Gaspar (SC), se preparou durante meses para ver o Foo Fighters pela primeira vez. Como sou de Santa Catarina me preparei muito antes. Voo, hospedagem, tudo mais", diz a fã, que já estava em São Paulo quando recebeu a notícia da morte.
"Vi a notícia e fiquei devastada. Na hora já imaginei que não teria mais o show e tive que superar isso. Pois eu estava mais preocupada com a situação da banda do que com o cancelamento do show", explica.
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Ela, que tinha até comprado uma camiseta do Foo Fighters para assistir ao seu primeiro show da banda, pensou duas vezes se viria ao autódromo uniformizada. "No fim resolvi usar como homenagem e para honrar a trajetória deles e a vida do Taylor Hawkins."
O casal Carine Piacentini e Maikel Zanchin também veio do Sul do Brasil para ver a banda americana de rock. Eles, que são de Caxias do Sul, perderam a chance de ver o Foo Fighters em Porto Alegre em 2018. Para não acontecer novamente em 2022, programaram férias conjuntas para vir a São Paulo e realizar o sonho.
É inacreditável, a ficha ainda não caiu. Vi [a notícia] sábado de manhã e pensei que fosse mentira. A gente acordou com a notícia e ficou desolado. Somos do Rio Grande do Sul e nossa ideia era voltar para casa sem nem vir hoje. Mas, como já estávamos em São Paulo, viemos", conta Carine.
Apesar do luto por Taylor Hawkins, o casal tentou aproveitar o festival em SP, que também não conheciam, vendo shows de outros artistas como os conterrâneos do Fresno e o Black Pumas.
"A expectativa de hoje era acordar muito feliz para vir e foi ao contrário. Não vê-los mais naquela formação é horrível. Ele era metade da banda. Essencial", opina a mulher.
Maikel diz que apesar de tudo ser muito recente, acredita que a banda não vai acabar. Carine está menos confiante. "Eu não sei porque ele era muito braço direito do Dave. Talvez eles não parem, mas talvez eles também façam algo mais de despedida. Eu não sei se eles vão continuar muito tempo."