Coordenador de intimidade de 'Sex/Life' elogia 'Bridgerton': 'Incrível'
De Splash, em São Paulo
18/07/2021 13h31
Dois dos grandes sucessos recentes da Netflix, "Sex/Life" e "Bridgerton" podem até não ter muito em comum em suas tramas. Uma delas é, de certa forma, um romance, e a outra é um drama vitoriano de uma família da nobreza. Mas um ponto elas têm em comum: as cenas de sexo são bem intensas.
O coordenador de intimidade de "Sex/Life", Casey Hudecki, concorda. Até ele é um admirador declarado do trabalho feito na série estrelada por Phoebe Dynevor e Regé-Jean Page.
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Acredito que [a coordenadora] Lizzy Talbot fez um trabalho incrível em Bridgerton. Tratando da diversidade do sexo, as histórias que contamos estão se abrindo porque estamos criando um espaço seguro.
(Casey Hudecki, para a E!)
Em "Sex/Life", Billie (Sarah Shahi) é uma mulher casada com o confiável Cooper (Mike Vogel), mas antes disso era um espírito livre em Nova York aprontando todas. Exausta da rotina, ela começa a alimentar fantasias com o ex-namorado, Brad (Adam Demos) e, quanto mais se recorda, mais questiona como sua vida mudou tanto.
Para contar essa história, a série ilustra bastante o motivo dos questionamentos de Billie — inclusive, com algumas cenas que deram o que falar na internet. E "Bridgerton", com seu badalado Duque de Hastings, não fica para trás.
A profissão de coordenador de intimidade ganhou notoriedade em Hollywood após o escândalo de abusos sexuais do produtor Harvey Weinstein, que eclodiu em 2017. A área é dedicada a garantir que as cenas íntimas sejam executadas de maneira segura e confortável para todos os envolvidos, sem que o realismo desejado pela produção se perca.
Para Hudecki, que conta trabalhar como ator e dublê há algumas décadas, o treinamento pede dedicação, estabilidade mental e um conhecimento profundo do que significa consentimento e dinâmicas de poder.
Ainda assim, ele revela que as filmagens das cenas mais quentes geralmente envolvem muitas risadas e bom humor — o que ajuda a aliviar o clima e tornar os momentos menos embaraçosos.
Um dos meus momentos favoritos foi quando estava coreografando parte de uma montagem. Foi engraçado porque [os atores] estavam basicamente nus, e toda a equipe usando máscaras, proteção, luvas. Existe um elemento absurdo nesses momentos, amplificado pela pandemia.