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OPINIÃO

Sou monogâmica, mas divido amor com namorado, amigas, filhos e até analista, diz Maria Ribeiro

de Universa, em São Paulo

01/04/2024 19h28

Casei duas vezes. Sempre achando que era para sempre. Eu sei, aqui tem uma pausa, que pode ser irônica, triste, cínica ou benevolente. Mas olhando para trás - com a compreensão de agora, naturalmente - acho que fiz tudo mais ou menos como deve ser. Se apaixonou? Casa. Com amor, não tem como dar errado.

Estamos falando de uma jovem de 21 anos, de um momento em que ainda somos feitos de projeção e não de experiência, de quando a ideia do par amoroso é a grande promessa da infância. A ilusão possível depois do Papai Noel e Coelho da Páscoa. A metade da laranja, a figurinha brilhante, o ingresso vip da existência: ser o tudo de alguém, o band-aid infalível na solitária condição humana. AHÃ.

Spoiler: "eu e você, você e eu", meu povo, só no útero e na voz do Tim Maia. Alguém devia criminalizar esse pacto. "Um pra um" não funciona nem no Largados e Pelados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL