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OPINIÃO

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Como anda a disputa pelo título da F1 2022

Leclerc vs Verstappen: Como anda a disputa pelo título da F1 2022 - UOL Play
Leclerc vs Verstappen: Como anda a disputa pelo título da F1 2022
Imagem: UOL Play

Colunista do UOL

17/06/2022 15h09

Os amantes da Fórmula 1 ganharam uma dose extra de emoção em 2022: a disputa entre Leclerc e Verstappen! Os dois possuem uma rivalidade de longa data, que neste ano ficou ainda mais acirrada e deve aquecer o automobilismo mundial.

Em 2021, Max Verstappen sagrou-se campeão após superar Lewis Hamilton em uma das temporadas mais intensas da F1. Neste temporada, os ânimos prometem não baixar, ainda mais com as mudanças implementadas pela FIA.

Visando reduzir a enorme diferença de performance entre as equipes de ponta e aquelas de meio e fundo de pelotão, um novo regulamento foi implementado. Agora, o teto orçamentário é menor e as novas diretrizes mecânicas devem garantir equidade nas corridas.

Medidas como a simplificação da aerodinâmica dos bólidos, por exemplo, estão favorecendo mais ultrapassagens e o desenvolvimento dos carros. Ou seja, o talento dos pilotos serão mais decisivos do que as diferenças técnicas entre a Red Bull de Verstappen e a Ferrari de Leclerc.

Mas afinal, quem é mais rápido: Verstappen ou Leclerc? Só saberemos a resposta definitiva no final do ano. Até lá, para manter você no aquecimento, vamos abordar as origens da rivalidade entre ambos, as perspectivas do atual campeonato e onde assistir a Fórmula 1!

Leclerc vs Verstappen: rivalidade do kart para F1

Leclerc e Verstappen nasceram no mesmo ano, com apenas duas semanas de diferença. Suas carreiras tiveram inícios semelhantes no kart. Contudo, eles traçaram jornadas relativamente distintas até se encontrarem novamente no topo do automobilismo.

Ambos começaram a disputar competições internacionais nos kartódromos em 2010. Muitas vezes, eles corriam nos mesmos campeonatos, como o WSK Master Series, South Garda Winter Cup e o próprio Mundial de Kart.

O primeiro sinal de rivalidade aconteceu já em 2012, na WSK Euro Series. Durante a etapa Val d'Argenton, na França. Verstappen liderava a prova, quando foi tocado por Leclerc. Ambos voltaram a se empurrar e acabaram sendo desclassificados da prova.

Enquanto Verstappen classificou a situação como injusta para ele, Leclerc minimizou o fato e o considerou apenas um incidente normal de corrida. No fim das contas, Charles levou o título, enquanto Max ficou apenas com a sexta posição.

Depois de mais alguns encontros nas pistas, os dois evoluíram em 2014 para os monopostos. Dessa vez, quem se destacou foi o neerlandês Verstappen, que saltou direto da F3 Europeia para a Fórmula 1 em 2015, em uma ascensão bastante significativa.

Por sua vez, o monegasco Leclerc trilhou um caminho tradicional. Antes de ingressar na elite automobilística, ele disputou e foi campeão da GP3 e da Fórmula 2. Quando chegou à F1 com a intermediária Sauber em 2018, encontrou Verstappen já em um carro de ponta da Red Bull.

Apenas um ano depois do reencontro, a rivalidade de Leclerc e Verstappen voltou a se inflamar. Inclusive, a origem da disputa dos pilotos na Fórmula 1 foi bastante parecida com aquela que aconteceu nas pistas de kart. Acompanhe!

Entenda a origem da disputa dos pilotos

Em 2019, Leclerc e Verstappen disputaram a vitória do GP da Áustria, casa da equipe representada pelo neerlandês, de maneira muito acirrada. O monegasco, que já estava pilotando para a Ferrari, foi forçado para fora da pista por seu rival apenas a duas voltas do fim.

O incidente rendeu duras reclamações de Leclerc e sua equipe. As críticas inclusive motivaram uma investigação. Nela, os comissários foram favoráveis à Verstappen. A decisão considerou que não havia espaço para os dois carros, e que portanto não haveria piloto culpado.

A reação de Charles ao fato foi irônica. Ele se disse "feliz", por considerar que a interpretação dos comissários agora lhe daria liberdade para correr de forma mais agressiva nas próximas corridas.

Dito e feito: já na etapa seguinte, que ocorreu em Silverstone, Leclerc competiu de maneira extremamente intensa. Depois de conquistar o terceiro lugar e deixar Verstappen em quinto, ele admitiu que foi mais agressivo que o normal com o seu rival na pista.

Elevando ainda mais a disputa pessoal de ambos, o monegasco afirmou o quanto gostava de correr daquela maneira. Inclusive, ele classificou a prova como a mais divertida que ele já realizou em toda a sua carreira na Fórmula 1.

Agora em 2022, Leclerc comentou seu histórico Verstappen em entrevistas recentes. Ele diz que, na época do kart, eles se odiavam até certo ponto: "Era ele ou eu. Frequentemente, as coisas não acabavam muito bem".

Contudo, o piloto da Ferrari também destaca como ambos evoluíram e passaram a se respeitar: "É uma situação muito diferente. Amadurecemos, estamos mais velhos". "Ambos atingimos um de nossos sonhos, chegar à F1. Há muito respeito um pelo outro.".

Passado é passado? Como estão os ânimos na F1

Após revelar o ódio do passado e deixá-lo para trás, os ânimos de Leclerc e Verstappen na Fórmula 1 agora são outros. Claro que isso não significa que suas disputas sejam menos emocionantes.

Depois do novo embate de ambos em 2019, as trajetórias foram distintas nos dois últimos anos. Em 2020, a temporada da Ferrari foi péssima, sendo que a montadora caiu para o pelotão intermediário.

Enquanto isso, em 2021, Verstappen conquistou seu primeiro título da F1 com a Red Bull, depois de uma disputa extremamente intensa com Lewis Hamilton, considerada por muitos uma das melhores da história do campeonato.

Mesmo com batalhas intensas e disputas diretas, parece que as questões pessoais estão de lado. Após o STC Saudi Arabian GP, que teve vitória de Verstappen, Leclerc classificou a corrida como "dura, mas justa, como deve ser".

Outro fato que deve ditar o tom deste campeonato de Fórmula 1 é o fato que Max já foi campeão. Seu triunfo de 2021 certamente joga a maior parte da pressão em Leclerc, que ainda busca seu primeiro título.

Inclusive, isso deve motivar um Verstappen menos agressivo do que foi com Hamilton. Até porque, ele considera que Leclerc é muito diferente de Lewis, tanto na forma de atacar, quanto de defender-se na pista.

Ainda que seja esperado um campeonato diferente do de 2021, o histórico de rivalidade de Leclerc e Verstappen é um ingrediente a mais nas pistas, e não seria nenhuma novidade se novos capítulos surgirem para deixar tudo ainda mais empolgante.

Disputa pelo título da F1 2022

Antes do acirramento entre Leclerc e Verstappen, a Fórmula 1 de 2022 parecia ser perfeita para a Ferrari. Nas três primeiras corridas, foram duas vitórias de Charles, que levaram a montadora italiana a experimentar novamente a briga pelas primeiras posições.

Até então, sua grande rival, a Red Bull de Verstappen, teve que abandonar a pista em duas ocasiões. Com isso, o cenário parecia ideal para uma arrancada na liderança. Entretanto, a F1 é extremamente dinâmica, e poucas provas bastaram para o cenário mudar.

Nas duas corridas seguintes, a RBR não só ficou na pista, como conquistou a posição mais alta do pódio com Verstappen. Em ambas as ocasiões, a equipe relembrou a todos porque têm se destacado em termos de rendimento.

De forma bastante semelhante ao que fez com a Mercedes em 2021, o desempenho da Red Bull jogou enorme pressão sobre a Ferrari neste ano, que agora precisa provar-se capaz de mudar as condições novamente ao seu favor com atualizações nos seus carros.

Na sexta e última corrida até aqui, que antecede o GP de Mônaco no final de maio, essas tendências não mudaram. O que parecia a prova dos sonhos para Leclerc, acabou deixando ele e sua equipe alertas para a possibilidade de um pesadelo.

Depois de largar na pole e liderar o GP da Espanha durante as 26 primeiras voltas, o motor do monegasco apresentou falhas. Com isso, ele teve que abandonar uma corrida pela primeira vez em 2022.

Na ocasião, ele não só deixou de conquistar um triunfo que parecia garantido, mas também teve a liderança do campeonato comprometida. Isso porque, Verstappen aproveitou a oportunidade para chegar à sua quarta vitória na temporada.

Como estão as expectativas da Ferrari

Na sexta etapa da Fórmula 1 de 2022, Charles Leclerc ocupa a segunda posição com 104 pontos. Ele conquistou a vitória da primeira corrida do campeonato, em Bahrain, e da terceira, em Melbourne.

Ele corre com o Modelo F1-75, que celebra os 75 anos de história da Ferrari. Com aerofólios pretos, ele também exalta as enormes conquistas da montadora nos anos 90. Ele apresenta diversas inovações aerodinâmicas, com maior destaque para as "guelras" nas laterais.

Visando a competitividade entre Leclerc e Verstappen, o carro passou por pacotes de melhorias após a quinta corrida do campeonato. Na estreia das atualizações, mesmo com problemas no motor que obrigaram Leclerc a abandonar o páreo, o tom foi de otimismo.

De acordo com o piloto, as mudanças funcionaram como o esperado. Ele acredita que os desgastes dos pneus e o ritmo de prova eram pontos que mais pecavam em relação à Red Bull, e ambos foram fortalecidos.

O cenário do atual campeão

Já Max Verstappen atualmente é líder da Fórmula 1 de 2022. Com a reviravolta de sua última vitória, ele agora soma 125 pontos. Neste ano, venceu os circuitos da Arábia Saudita, Itália, Miami, Espanha e Azerbaijão.

Ele pilota o Modelo RB18, da Red Bull. O lançamento do carro neste ano não gerou muito alarde entre os fãs da F1, já que a montadora é conhecida por não promover grandes novidades em termos visuais.

Apesar de manter o padrão de design, algumas mudanças foram percebidas na aerodinâmica. As principais foram o bico arredondado, a asa dianteira em forma de V e o centro mais baixo da asa traseira, que forma um M.

Ainda que as mudanças promovidas pela FIA incentivem mais equidade entre as montadoras, a Red Bull segue tendo muito destaque em performance. À frente das demais neste ano, seu desempenho pressiona a Ferrari por melhorias, como foi com a Mercedes em 2021.

Últimos acontecimentos no GP da Espanha

Como citamos, o GP da Espanha foi excelente para Max, que superou problemas na asa do carro, se manteve até o final na pista e venceu o circuito. Na oportunidade de Charles equiparar seu número de vitórias, ele viu o rival dobrá-las.

Apesar dessa diferença entre os pódios, a distância entre Leclerc e Verstappen é de apenas 6 pontos. O dia em Barcelona chegou a ser marcado por mais de 50ºC no asfalto, e seu resultado acirrou as expectativas para o GP de Mônaco.

Na ocasião, a equipe da Red Bull teve ainda mais motivos para comemorar, já que a vitória veio com dobradinha para a montadora. Sérgio Perez, companheiro de Verstappen, ficou em segundo lugar.

Completando o pódio, George Russell, da Mercedes, ficou em terceiro e Carlos Sainz, da Ferrari, em quarto. Já Lewis Hamilton, que é um dos grandes nomes atuais do automobilismo, terminou em quinto.

Hamilton ainda tem chances na disputa?

Por falar em Hamilton, ele também teve um bom desempenho na Espanha. Por conta de um problema no pneu, ele chegou a cair para a 19º colocação, mas recuperou-se até o quarto lugar e perdeu apenas uma posição até o fim da prova.

O britânico chegou a sugerir abandonar a corrida para sua equipe, pensando em economizar seu motor. Contudo, os engenheiros da Mercedes o sugeriram continuar. Afinal, ele ainda tinha chances de pontuar.

A estratégia se mostrou acertada, e o heptacampeão segue vivo no campeonato. Claro que suas chances são muito menores do que os líderes Leclerc e Verstappen, mas muita coisa pode mudar nas 16 corridas que ainda virão.

Mesmo com o melhor tempo na última corrida, as mudanças da FIA estão fazendo com que a Mercedes ainda fique para trás. Ou seja, os desafios devem ser maiores do que aqueles enfrentados nos anos anteriores.

Pode parecer difícil, mas a recuperação na etapa espanhola mostrou que Lewis segue competitivo. Sua vontade de conquistar o oitavo título e superar Michael Schumacher como maior campeão da F1 pode dar ainda mais gás a essa disputa.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL