Além do Coliseu: subterrâneos de Roma guardam experiências incríveis
Daniel Nunes Gonçalves
Da revista "Tam Nas Nuvens"
22/09/2014 18h13
Em qualquer visita à Roma, o Coliseu é parada obrigatória. Mas a cidade guarda vestígios de sua história não apenas na superfície. Os subterrâneos são uma atração à parte. Então inclua ambos em seu roteiro pela Cidade Eterna.
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Cartão-postal romano por excelência, o Coliseu foi assim batizado em referência ao Colosso di Nerone, estátua de bronze colossal, com mais de 30 metros de altura, que Nero mandou erguer para si. Ela fazia parte da Domus Aurea, sua gigantesca casa dourada (cujo interior está fechado para restauração).
Na tentativa de apagar os vestígios da megalomania do predecessor, o imperador Vespasiano (9 d.C. – 79 d.C.) decidiu construir ali um anfiteatro para 50 mil pessoas. Esse cenário de espetáculos, sacrifícios de animais e batalhas de gladiadores só foi inaugurado em 80 d.C., por Tito (39 d.C. – 81 d.C.), seu filho e sucessor (o Arco de Tito, no Fórum Romano, foi feito em sua homenagem). Durante cem dias e cem noites, 5 mil animais foram mortos ali.
Parada favorita dos turistas, o Coliseu ficou mais emocionante desde que o Hypogeum, ala subterrânea da arena, foi aberto em 2010, para visitas guiadas. Ali, lutadores e bichos esperavam seu sacrifício. Ele se soma a outras experiências fantásticas que os exploradores da Roma Antiga podem ter a 15 metros — ou mais — de profundidade.
Perto do Coliseu, dá para descer ao templo pagão no subsolo da Basilica di San Clemente ou andar pelos corredores da Case Romane del Celio, com quartos dos séculos 2 a 4 d.C., sob a Basilica Santi Giovanni e Paolo.
Mas nenhum tour às profundezas da cidade à beira das águas do Rio Tibre surpreende mais que o do Palazzo Valentini. Inaugurado em 2010, o passeio multimídia pré-agendado, com duração de uma hora e meia, acontece sobre um chão de vidro que protege mansões com mosaicos e afrescos milenares.