É como se um mundo inteiro coubesse dentro de São Paulo. Pelas contas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, a maior cidade brasileira abriga 360 mil estrangeiros de 200 nacionalidades diferentes.
A onda de imigração na capital paulista cresceu, significativamente, a partir de 1870, quando as instabilidades econômica e política na Europa foram o impulso para que aquela gente sem esperanças (e muita vontade para recomeçar) cruzasse o Atlântico em busca de novas oportunidades.
É do final daquele mesmo século a inauguração da Hospedaria de Imigrantes do Brás que, atualmente, abriga o Museu da Imigração. Entre 1887 e 1978, o local recebeu 2,5 milhões de pessoas, de mais de 70 nacionalidades.
Se no princípio, o Brasil era destino de africanos e europeus, mais recentemente o fluxo migratório ganhou nacionalidades como venezuelanos, bolivianos e africanos de diferentes países. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), das 6.500 pessoas atendidas pela Caritas Arquidiocesana de São Paulo, em 2018, 60% eram da Angola, Congo, Nigéria, Venezuela e Síria.
Para celebrar os 467 anos da cidade, Nossa faz uma viagem pelos bairros de São Paulo com influências estrangeiras, onde por muitas vezes a sensação é de estar em outro país.