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Sem dinheiro de Eike, Rio pode ficar sem atletas para seguir na Superliga

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

07/01/2014 06h00

A enorme crise financeira do RJ Esportes, atual campeão da Superliga, parece não ter fim e gerou uma debandada dos principais jogadores do time. Além do levantador Bruninho e do ponta Thiago Sens, os próximos a sair são Leandro Vissotto e Thiago Alves. Além deles, o central Maurício é outro que já havia deixado o time.

Todos estes, além do central Riad, recebem salários que eram pagos com o dinheiro da OGX, empresa de Eike Batista. No entanto, o apoio foi retirado em novembro e os seis atletas ficaram sem salário – janeiro é o quarto mês sem dinheiro, já que desde outubro os vencimentos não são pagos ao sexteto.

Atualmente, o RJ tem 13 jogadores em seu elenco. Quando as saídas de Vissotto e Thiago forem confirmadas, passarão a ser 11, número menor que os 12 permitidos em uma partida. Como o prazo de inscrições já acabou na competição, a única maneira de a equipe carioca se reforçar – com jogadores juvenis, possivelmente – é com a autorização de todos os rivais. Se isso não acontecer, até mesmo o abandono da competição é cogitado.

“Acho que isso (saída da Superliga) só acontece se a gente não conseguir autorização para incorporar outros jogadores. Aí ficaria muito difícil. Teríamos só um levantador, por exemplo. Não teria como continuar. Por motivos financeiros, não sairemos”, afirmou José Inácio Salles, supervisor do RJ Esportes.

“O que eu entendo é que o bom senso tem que prevalecer. O vôlei está acima de tudo isso, de qualquer crise financeira. A gente espera que as outras equipes concordem com esta situação. Já estamos formalizando este pedido”, completou o dirigente.

Principal atacante da equipe carioca, Leandro Vissotto, oposto da seleção, também está de saída. Em entrevista ao UOL Esporte, o jogador confirmou que tem boas propostas e tem conversas adiantadas. Nascido no Rio de Janeiro, ele se diz envergonhado com a situação que o time enfrenta atualmente.

“Eu me sinto envergonhado por viver isso na minha cidade, depois de 14 anos estar aqui e ter que ir embora por falta de pagamento. A gente tinha o patrocínio do maior empresário do Brasil, mas várias pessoas foram prejudicadas. E estamos envergonhando o Rio de Janeiro”.

“Eu estou ouvindo propostas sim. Se der tudo certo, vou seguir a linha dos outros e vou embora também. Quem está sem receber, procura outras oportunidades. eu vou seguir a linha (dos companheiros)", disse.

Thiago Alves, que se recupera de uma lesão no ombro, tem propostas de times da França, Itália e Rússia, e quem comanda as negociações pretende fechar o novo contrato do atleta o mais breve possível. 

Procurada pelo UOL Esporte, a CBV, por meio de uma nota oficial, lamentou a situação vivida pelo time carioca e espera que todos os problemas sejam resolvidos para não prejudicar a participação do time na competição nacional.

"A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) lamenta as dificuldades enfentadas pelo RJ Vôlei, ocorridas em virtude da saída recente do principal patrocinador da equipe. A entidade espera que um novo parceiro seja encontrado o mais rapidamente possível, a fim de que as pendências do RJ Vôlei sejam devidamente regularizadas e sua participação na Superliga masculina 13/14 não seja comprometida", diz o comunicado.

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