Martine Grael e Kahena Kunze conquistam o bicampeonato olímpico
Com isso, as duas entraram para um seletíssimo rol de velejadores brasileiros com dois ouros em Jogos Olímpicos, mas se tornaram as primeiras, entre homens e mulheres, a conseguir o feito em edições consecutivas - Torben Grael e Marcelo Ferreira, na classe Star, e Robert Scheidt, na Laser, foram campeões em 1996 e 2004.
A medalha de prata na disputa realizada na Baía de Enoshima ficou com as alemãs Tina Lutz e Susann Beucke, e a de bronze, com as holandesas Annemiek Bekkering e Anette Duetz.
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Martine e Kahena iniciaram na segunda posição geral a disputa da medal race, a última regata da competição, que oferece pontuação dobrada e dura 20 minutos, dez a menos que as outras 12. O barco da Holanda acumulava 70 pontos perdidos, assim como o do Brasil, mas levava vantagem nos critérios de desempate.
Com uma estratégia acertada desde a largada, com posicionamento no lado direito da raia, as brasileiras conseguiram se posicionar entre as primeiras na regata final e cruzaram a primeira marcação na terceira posição, atrás dos barcos de Argentina e Noruega. Enquanto isso, as holandesas ocupavam o quinto lugar, atrás da Alemanha.
Na segunda marcação, as quatro primeiras duplas mantiveram as posições, enquanto o barco holandês caiu para nono. Com isso, Martine e Kahena passaram a concentrar a atenção principalmente em relação às velejadoras alemãs, que também poderiam ameaçá-las na disputa do ouro.
Sem permitir uma investida concreta, as brasileiras fecharam a prova em terceiro e garantiram o bicampeonato, escrevendo mais um capítulo em sua bela história olímpica. Na classificação geral, elas terminaram com 76 pontos perdidos, contra 83 das alemãs e 88 das holandesas. EFE
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