Hamilton e Vettel criticam lei anti-LGBTI do governo da Hungria
Em uma mensagem postada no Instagram, escrita tendo como as cores do arco-íris de fundo, o sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 pediu que a população húngara apoie a comunidade LGBTI+ na votação que deverá ser colocada em prática.
"Quero expressar apoio aos afetados pela leia anti-LGBTI+ do governo. É inaceitável, covarde e equivocado que quem está no poder proponha uma lei assim", escreveu o britânico, que viajará para a Hungria no fim de semana, para a etapa da temporada da Fórmula 1.
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O decreto, que está em vigor, relaciona homossexualidade à pedofilia e limita o tempo em que se pode falar de diversidade sexual e mudança de gênero nas escolas e outros espaços na mídia voltados para menores de idade.
Diante da onda de críticas dentro e fora do país, em especial da União Europeia, Orban anunciou um referendo vinculante com cinco perguntas sobre o tema, em questões que serão formuladas para defender a posição do atual governo húngaro.
"Você apoia que centros de educação pública façam conversas sobre orientação sexual sem o consentimento dos pais", diz uma das indagações que será feita na consulta.
Outras perguntas são se os húngaros estão de acordo com a promoção de terapias de mudança de sexo destinadas à menores ou tornar possível que estes tenham acesso aos tratamentos.
"Toda pessoa merece a liberdade de ser quem quiser ser, sem importar a quem ama ou como se identifica", escreveu Hamilton.
O piloto da Mercedes, de 36 anos, que vem abraçando diversas causas sociais, ainda cobrou que o governo da Hungria derrube as leis que proíbem o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou a adoção de crianças por esses casais.
Vettel, outro piloto que participará do GP da Hungria de Fórmula 1 neste fim de semana, no circuito de Hungaroring, também foi duro nas críticas ao falar sobre a postura do governo do país do Leste Europeu.
"Acho vergonhoso que um país da União Europeia vote leis como essa. Não posso entender porque eles têm dificuldades de entender a razão pela qual cada um deveria ser livre para ser como quiser", garantiu o alemão, quatro vezes campeão mundial.