De Rossi revela desejo de treinar Boca Juniors
"Tenho que voltar como turista e tenho que voltar para agradecer às pessoas que me ajudaram tanto. E tenho em minha cabeça a ideia de voltar como treinador do Boca. Posso ser o último da lista, mas essa é a minha ideia", declarou o ex-meio-campista ao jornal argentino "La Nación".
O italiano de 36 anos estreou pelo Boca com gol, em agosto, em empate com o Almagro, e se despediu em dezembro, na vitória sobre o Rosario Central. Foram apenas sete partidas e um único tento.
Relacionadas
"Se as coisas tivessem corrido bem, eu já havia combinado com Nico (Burdisso, diretor esportivo do clube) de iniciar minha carreira de treinador na base do clube. Isso foi antes dos pequenos problemas familiares começarem", afirmou.
Burdisso deixou o cargo de diretor esportivo dos 'Xeneizes' no final de 2019, depois que a chapa de situação foi derrotada nas eleições. De Rossi rescindiu contrato e se aposentou em 6 de janeiro deste ano devido a problemas envolvendo uma das filhas, que vivia na Itália.
"No dia em que assinei a rescisão, eu estava nos escritórios de La Bombonera e de repente levantei minha cabeça e lá estava a Taça Libertadores, em uma vitrine. E eu disse para mim mesmo: 'Não desisti do que podia desistir como jogador de futebol, não desisti de nada'. É por isso que eu quero voltar como treinador porque este clube está no meu coração. As voltas e reviravoltas da vida dirão, mas meu desejo é de treinar o Boca", detalhou.
"Eu estava no lugar certo na hora errada. Mas não se passa uma semana em que eu não sinta falta de tudo relacionado ao Boca, a Buenos Aires. Estou em paz com minha consciência, mas muitas vezes acordo com saudades do Boca", completou.
Atingido por lesões, De Rossi só pôde disputar cinco partidas pelo Campeonato Argentino e não estava em Buenos Aires quando o Boca conquistou o título. Isso faz com que ele se sinta uma parte menor da campanha vitoriosa.
"Fico feliz que alguém pense que eu fiz parte de uma alegria para os fãs do Boca, mas eu não fiz quase nada. Eu mesmo me dou conta disso, estou muito consciente. Não sou daqueles que ficam com os louros dos outros. O título foi conquistado por meus companheiros de equipe em campo, e eu fiquei muito feliz por eles. Eu me senti parte desse grupo, eu também me sinto parte desse grupo hoje, mas não fiz muito", analisou.
"Um jogador como eu, que sempre foi o protagonista, um líder, um jogador importante, que jogou 1 mil jogos, não vai ter seu peito estourado por um título que meus companheiros de equipe ganharam com unhas e dentes. Não seria justo, seria desrespeitoso com eles", acrescentou. EFE
sam/dr