Livro revela problemas no PSG após chegada de Neymar
A falta de sintonia entre Unai Emery e os seus jogadores e a troca de "poder" no vestiário parisiense pela chegada de Neymar são duas controvérsias abordadas no livro publicado na França "PSG, a virada não vai ocorrer" (PSG la remontada n'aura plus lieu).
A obra, publicada pela editora Marabout e assinada pelos jornalistas do jornal "l'Équipe" especializados no PSG Damien Degorre e Arnaud Hermant, mergulha nas entranhas do clube adquirido pelos catarianos em 2011 e repassa várias polêmicas que atingiram a equipe, algumas de conhecimento público e outras menos divulgadas.
A histórica eliminação nas oitavas de final da Liga de Campeões da temporada passada, quando o Barcelona eliminou o PSG depois de ter perdido o primeiro jogo por 4-0 e vencido o segundo por 6-1, ocupa um espaço central, bem como a contratação de Neymar, comprado do próprio Barça pela soma recorde de 222 milhões de euros.
Hermant, um dos autores, revelou à Agência Efe que a chegada de Neymar e de seu compatriota Dani Alves, procedente da Juventus, criou desavenças entre os atletas latinos de fala espanhola.
"Atualmente, embora não se possa falar de clãs, é certo que existe o grupo dos brasileiros e um dos outros sul-americanos", entre os quais estão o uruguaio Edinson Cavani e os argentinos Javier Pastore e Ángel di María.
"Não agradou o fato de Neymar e Alves se comportarem como chefes sem levar em conta os que já estavam no clube. As relações são cordiais, mas não de amizade", constatou o jornalista.
A relação de Emery com seus jogadores também aparece no livro, que cita as longas sessões de vídeos promovidas pelo treinador espanhol e que supostamente entediam os atletas.
Hermant contou que a relação do basco com o capitão da equipe, o brasileiro Thiago Silva, é "fria" desde que ocorreu em março a virada do Barcelona.
Na contratação recorde de Neymar se fala de três figuras fundamentais: o brasileiro Maxwell - que deixou o PSG em junho -; o representante de jogadores israelense Pini Zahavi; e o diretor esportivo do clube, o português Antero Henrique.
A obra revela que o PSG ainda não desfruta de nenhuma percentagem dos direitos de imagem de Neymar, apesar do alto desembolso que fez para contratá-lo e do elevado salário que paga ao atleta (30 milhões de euros líquidos por ano).