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Eugenio Figueredo dará informações e entregará bens por acordo com a Justiça

05/02/2016 22h49

Montevidéu, 5 fev (EFE).- O ex-vice-presidente da Fifa Eugenio Figueredo, que em dezembro teve decretada prisão preventiva no Uruguai por fraude e lavagem de dinheiro, concederá informações sobre o caso e entregará bens por conta de um acordo com a Justiça de seu país, disse nesta sexta-feira à Agência Efe o promotor de Crime Organizado Juan Gómez.

O acordo, de caráter privado, estipula que Figueredo entregará diferentes bens procedentes de suas supostas atividades ilícitas - que chegam a cerca de US$ 10 milhões - e que incluem 13 propriedades imobiliárias, o saldo de várias contas bancárias e participações em diferentes sociedades, indicou Gómez.

"Tudo o que era investimento que ele tinha e que seja provado como produto da atividade delitiva será confiscado quando a sentença foi ditada", garantiu o promotor.

A entrega das propriedades imobiliárias será feita de forma "praticamente imediata", mas a mudança de titularidade das mesmas para o Estado não será realizada enquanto não houver a sentença definitiva.

"O acordo também significa que a pessoa não vai participar mais de atividades ilícitas, que reconheceu sua participação (nos fatos pelos quais é acusada) e que ofereceu informação", afirmou Gómez, que não revelou se o acordo representa uma redução da pena devido ao caráter privado do procedimento.

Consultada pela Efe, a advogada de Figueredo, Karen Pintos, não quis fazer declarações sobre o acordo, sobre o qual disse que ainda faltam vários pontos a serem definidos, e afirmou que explicará as bases do mesmo na semana que vem.

Quanto à possibilidade de Figueredo, de 84 anos, cumprir prisão domiciliar - atualmente está internado na Prisão Central de Montevidéu - o promotor destacou que "isso é algo feito de maneira separada do acordo de colaboração" e que deverá ser determinado pela juíza do Crime Organizado quando a sentença for ditada.

O chamado caso Conmebol investiga uma denúncia ocorrida no fim de 2013 por vários clubes uruguaios e pela associação de jogadores do país, que acusaram a existência de uma "organização criminosa" na entidade que se apropriava de dinheiro destinado a clubes, jogadores e à própria organização.

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