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Ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri desafia Riquelme por poder no Boca Juniors

Mauricio Macri, presidente da Argentina de 2015 a 2019 Imagem: Juan Mabromata - 20.ago.2019/AFP

Buenos Aires

13/11/2023 21h23

Ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri (2015-2019) anunciou sua candidatura à vice-presidência do Boca Juniors na eleição de 2 de dezembro. Ele formará chapa com Andrés Ibarra na tentativa de desbancar o grupo liderado por Juan Román Riquelme, um dos maiores ídolos do clube.

"Nunca sonhei em voltar a comandar o Club Atlético Boca Juniors, que foi e é algo muito importante para minha vida", afirmou Macri, que presidiu o clube de Buenos Aires por 12 anos. "Peço aos torcedores do Boca que voltem a me acompanhar."

No cenário político argentino, Macri faz oposição ao governo peronista de Alberto Fernández. Apoia Javier Milei na disputa eleitoral contra o ministro da Economia, Sergio Massa.

Ao lançar a chapa com Ibarra, Macri questionou a condução do futebol por Riquelme, atual vice-presidente. "Não posso abandonar o Boca à arbitrariedade, ao autoritarismo, à prepotência... Por esse caminho não há futuro", disse o ex-presidente. "Diz que o Boca é o pátio da sua casa e age como se fosse sua casa. O Boca é uma das maiores instituições esportivas do mundo, e todos devemos entender que estamos para servir o Boca."

Riquelme assumiu como vice-presidente do clube em 2019, mas ainda não se posicionou no processo eleitoral. A imprensa local especula que ele será candidato a presidente.

O ex-meia já afirmou, em entrevistas recentes, que nas próximas eleições está no jogo "se somos um clube de futebol ou deixamos que esta gente (Macri) use o clube para fazer política".

Questionado sobre a declaração, Macri respondeu que "Boca é Boca, a política é a política. Vim para estabelecer um esquema de trabalho transparente, ordenado, respeitoso, sem autoridade". Sob seu mandato, o Boca Juniors ganhou quatro Libertadores e dois Mundiais.

A chapa Ibarra e Macri já anunciou que em caso de vitória irá construir um novo estádio para substituir a mística Bombonera. "O Boca precisa ter um estádio de primeiro mundo, moderno, com todas as funcionalidades. Vamos levar três anos para a construção", disse Ibarra.

Eles não revelaram o nome do técnico que pensam para assumir o time. O Boca Juniors está sob o comando do interino Mariano Herrón, que assumiu após a saída de Jorge Almirón, técnico na derrota na final da Libertadores contra o Fluminense em 4 de novembro, no Maracanã.

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