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Inglaterra, mistérios da ilha que aposta na juventude para Copa do Mundo

30/11/2017 09h18

Londres, 30 Nov 2017 (AFP) - A rejuvenescida Inglaterra ainda não convence seus torcedores a seis meses da Copa do Mundo: apesar de ter aprendido a defender, nem mesmo o técnico Gareth Southgate sabe dizer quais são as aspirações do país na Rússia em 2018.

"Ainda está em formação", foram as palavras de Southgate desde que passou a comandar o "English Team", independentemente do desempenho da equipe ou seu adversário, seja Malta ou Brasil.

Após voltar do Mundial do Brasil, em 2014, sem nenhuma vitória e ser eliminada pela Islândia na Eurocopa da França, em 2016, a Inglaterra ficou ridicularizada pela saída do técnico Sam Allardyce. O ex-treinador deixou o time dois meses depois de assumir o cargo, em setembro de 2016.

Foi quando apareceu Southgate, ex-jogador que comandava o time Sub-21 da seleção. Foi a aposta na juventude da Federação Inglesa.

O novo técnico não teve problemas em lançar 14 jogadores em apenas 14 jogos internacionais, sacrificando por muitas vezes a coesão do grupo que não tem grandes nomes para cada uma das 11 posições em campo.

Com exceção do lateral Kyle Walker, dos zagueiros John Stones e Gary Cahill, dos meias Eric Dier e Dele Alli, além do craque Harry Kane, os demais não parecem insubstituíveis. Por isso, o grupo de 23 jogadores que vai para o Mundial ainda tem muitas vagas em aberto.

"Não temos um grande número de jogadores de categoria absoluta. Só podemos escolher entre 70 jogadores do campeonato e alguns deles já não estão nos nossos planos. Por isso precisamos ver com o que vamos contar nos próximos anos", indicou Southgate após empate sem gols em amistoso contra a Alemanha.

- Vaias e piadas -A classificação da Inglaterra para a Copa do Mundo não deu muitas respostas ao treinador. O time terminou invicto, muito por conta do grupo que não tinha grandes rivais e era formado por Eslovênia, Eslováquia, Malta, Lituânia e Escócia.

No campo, o estilo de jogo inglês não encheu os olhos de torcedores e especialistas.

"Estão muito bem organizados, no jogo de transição é um dos melhores times da atualidade. A pressão, a capacidade de recomposição e a velocidade de transição são agora sua qualidade de fábrica", disse o técnico alemão Joachim Löw.

Apesar de Southgate desejar que os jogadores sejam corajosos com a bola nos pés, a Inglaterra muitas vezes se mostrou pouco fluída e sem ideias no ataque.

O apoio popular à seleção caiu ao ponto de jogar a partida contra a Eslovênia (1-0) no início de outubro, em Wembley, com o estádio esvaziado. Os jogadores, inclusive, foram vaiados.

Southgate continua buscando a fórmula para ter sucesso. Depois de montar a defesa com uma linha de quatro durante a eliminatória europeia, o treinador preferiu estruturar a zaga com três zagueiros nos empates sem gols contra Alemanha e Brasil, em novembro. A estratégia pode se repetir na Rússia.

Até agora, a satisfação do treinador é ter encontrado segurança no sistema defensivo do time. A Inglaterra foi a seleção menos vazada durante toda eliminatória, com apenas dois gols sofridos.

"Acho que isso nos dá uma boa base para construir", disse satisfeito. Agora resta ajustar as peças para montar um ataque que deixe os adversários com o cabelo em pé.

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