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#TBTdoFutebol: O dia em que Denílson deixou Puyol estatelado no gramado

Toda a elasticidade de Carles Puyol, que pulou COMO UM GATO mas não alcançou nada Reprodução

Do UOL, em São Paulo

06/05/2021 04h00

Denílson dispara, e Puyol chega para o combate. Na hora do bote, um toque de letra pega o espanhol de surpresa e o manda direto para o chão, estatelado, tentando pelo menos agarrar a bola com as mãos, mas nem isso... O UOL Esporte volta no tempo para o Betis x Barcelona de 9 de março de 2002.

Foi o ano da primeira edição do Big Brother Brasil, aquela do Kleber Bambam, que passava depois de "O Clone". No cinema, era o auge da franquia Senhor dos Anéis; na música, estávamos prestes a conhecer o grupo Rouge. E no futebol, o campeão brasileiro era o Athletico e a seleção ainda era Tetra.

Aos 24 anos, Denílson vivia sua quarta temporada no Betis. Ele ainda era o jogador mais caro a ser vendido por um clube brasileiro (32 milhões de dólares, valor superado apenas em 2012), mas no Betis as coisas não funcionavam bem...

O time chegou a ser rebaixado, e o jogador, emprestado ao Flamengo para um Brasileirão. Agora que o Betis havia subido de volta à Liga, Denílson era uma das principais esperanças, inclusive tentando confirmar seu lugar na Copa do Mundo que seria meses depois.

Imagem: Firo Foto/Getty Images

Denílson, aliás, poderia muito bem estar do outro lado neste Betis x Barcelona. Anos antes, o São Paulo chegou a acertar sua venda para o Barça, mas o Betis apareceu de última hora oferecendo muito mais e o levou. Se a história fosse outra, o brasileiro teria sido companheiro de Puyol, não algoz.

Imagem: Reprodução

Fosse como fosse, os dois times faziam ali um jogo de igual para igual, ambos buscando vaga na Liga dos Campeões da temporada seguinte. Jogando em casa, o Betis saiu na frente aos 3 minutos e depois disso recuou para só contra-atacar na boa.

Denílson pegou pouco na bola nesses primeiros minutos, mas sempre marcado por Puyol. Ele fez uma falta dura em Puyol, tentou um chute cruzado que passou perto e depois levou a melhor em uma disputa na linha de fundo, mas o cruzamento não deu em nada.

Aí, aos 19 minutos, o drible fantástico. A zaga do Betis afastou um escanteio de Rivaldo, e a bola sobrou para Denílson no contra-ataque. Quando Puyol tentou fechar a porta, seu mundo desabou?

Atenção, o replay a seguir pode te dar pesadelos (mas só se você for Carles Puyol):

ai, ai, ai...

É pena que o lance não deu em nada... Depois de limpar o contra-ataque, Denílson chega a ter três opções de passe mas demora alguns segundos a mais e, quando toca, todo o mundo já está impedido —um oferecimento do volante Thiago Motta, que acertou o tempo certinho de adiantar dois passos.

No segundo tempo, durante o duelo ferrenho que Denílson e Puyol travavam e após ambos tomarem cartão amarelo, o brasileiro tentou dobrar a vergonha do espanhol com mais um drible. Foi por pouco...

Denílson não teve lá uma grande atuação: infernizou Puyol, sim, mas sofreu mais faltas do que criou perigo. No fim, ele e o espanhol tiveram nota 2 (de 5 possíveis) no Mundo Deportivo. Disputa "das mais interessantes do jogo", segundo o jornal catalão, ainda que não tenha impactado no placar.

Denílson esteve empenhado em mostrar ao mundo que alguém é, sim, capaz de fazer Puyol sentar no gramado.
?Lobo? Carrasco, ex-jogador e colunista do Mundo Deportivo.

O Betis venceu por 2 a 1 e no fim das contas terminou aquela Liga na sexta posição. Jogou a Liga Europa 2002-03 sem passar da terceira fase, mas poderia muito bem ter sido a Liga dos Campeões não fossem os cinco tropeços seguidos após vencer o Barcelona.

Denílson manteve seu lugar na seleção brasileira e foi peça importante na campanha do Penta, meses depois. Ainda ganhou a Copa do Rei de 2005 com o Betis, passou por mais três países, defendeu o Palmeiras em 2008 e ainda rodou um pouco mais até se aposentar na Grécia.

Imagem: Laurence Griffiths/Getty Images

Puyol, por sua vez, virou zagueiro com Frank Rijkaard em 2003 e se tornou um dos melhores da posição. Ele seria tricampeão da Champions League e hexacampeão espanhol em 15 anos de Barça, além de vencer a Copa do Mundo de 2010 com a Espanha.

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