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Como lesões de astros deixam NFL aberta e com diversos candidatos a título

Richard Sherman sofre com dores após romper o tendão de Aquiles Imagem: Christian Petersen/Getty Images

Rodrigo Trindade

Do UOL, em São Paulo

19/11/2017 04h00

“É muito difícil, cara. Se você assiste ao jogo, tem caras caindo dos dois lados com lesões leves, graves. Jogamos um esporte muito físico. Pedir para gente se virar depois de domingo e estar com nosso corpo OK na quinta-feira é muito difícil para gente fazer. Espero que a liga esteja assistindo e vendo o que está acontecendo, para mudar o formato. Se vocês vão manter esse jogo de quinta, tem que nos dar um pouco mais de tempo. Talvez a semana de folga antes do jogo de quinta à noite.”

A declaração acima é de Bobby Wagner, um dos jogadores do Seattle Seahawks que saiu ileso do chamado Thursday Night Football da quinta-feira de semana passada (9). Tal edição do tradicional jogo de quinta-feira, contra o Arizona Cardinals, chamou a atenção pela quantidade de lesionados. O de maior destaque foi o astro Richard Sherman, que rompeu o tendão de Aquiles e não joga mais nesta temporada.

Apesar de seu status, Sherman foi apenas mais um, já que a frase “tal estrelas da NFL que não joga mais nesta temporada” tem sido recorrente nos últimos meses.

O futebol americano é um esporte físico, como disse Wagner, famoso pelas numerosas lesões. Nesta temporada, especificamente, as contusões graves atingiram jogadores cruciais de diversas equipes.

Indianapolis Colts, New York Giants, Arizona Cardinals, Miami Dolphins, Kansas City Chiefs, Cleveland Browns... poucos times da liga não sofrem com a ausência de seus craques a essa altura da competição, que já passou da metade da etapa classificatória para a fase eliminatória.

Aaron Rodgers leva tackle que resultou em fratura na clavícula Imagem: Adam Bettcher/Getty Images

Com os desfalques, parte das previsões de favoritos feitas antes do começo da temporada caíram por terra. Green Bay Packers, candidato ao título NFC Norte e do Super Bowl, ficou à deriva com a fratura de clavícula sofrida pelo quarterback Aaron Rodgers.

Enquanto isso, na AFC Sul, o Houston Texans era uma das apostas para surpreender no ano. Começou bem, com jogadores se destacando no ataque e na defesa. A maré das contusões, no entanto, chegou ao time. Primeiro afetou o lado defensivo, tirando Whitney Mercilus e JJ Watt (três vezes eleito o melhor defensor da liga) de combate. Semanas depois, foi a vez do novato Deshaun Watson, quarterback sensação da temporada, dar adeus prematuro à campanha – rompeu o ligamento cruzado anterior em um treino.

Os “acidentes” permitiram a ascensão de times antes apontados como azarões nas duas divisões citadas. Saco de pancadas recorrente nos últimos anos, o Jacksonville Jaguars tomou a liderança da AFC Sul mesmo com a lesão de seu principal recebedor (Allen Robinson). Na NFC Norte, o Minnesota Vikings superou o rompimento do ligamento do novato Dalvin Cook, running back titular do time, e abriu vantagem na chave.

As surpresas não aconteceram somente nestes casos. Los Angeles Rams despontam como favoritos para levar NFC Oeste, dominada pelos Seahawks nos últimos anos. O time de melhor campanha na temporada é o Philadelphia Eagles, que era candidato ao título da NFC Leste, mas enfrentava concorrência equilibrada.

Imagem: Al Bello/Getty Images

Os Eagles chegaram a essa posição por méritos, mas tiveram ajuda das lesões no ataque do New York Giants (no mesmo dia, perderam os recebedores Odell Beckham Jr. e Brandon Marshall) e da novela Ezekiel Elliott no Dallas Cowboys (suspenso por seis jogos após suspeitas de violência doméstica).

O New England Patriots é a maior exceção. Constante líder da AFC Leste há quase duas décadas, o time liderado por Tom Brady e o técnico Bill Belichik, o time dos arredores de Boston perdeu seu principal recebedor (Julian Edelman) antes da abertura da temporada – e para a integralidade dela. Em outubro, os Patriots tiveram dois tropeços, mas desde então voltaram a dominar seus adversários e despontam como candidatos ao título da liga novamente.

Ainda assim, o atual campeão da NFL não dá sinais de infalibilidade como em outros anos. Mais vulneráveis defensivamente, os Patriots terão bons adversários pelo título da AFC: Pittsburgh Steelers e Kansas City Chiefs. Para o Super Bowl, a concorrência também promete ser forte (caso Tom Brady leve o time até lá novamente). Philadelphia Eagles dá sinais de que é o time mais completo da liga, enquanto os renovados New Orleans Saints e Los Angeles Rams, além de Carolina Panthers e Minnesota Vikings, despontam como postulantes à concorrida decisão da NFL.

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