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Aberto dos EUA ganha tratamento de Copa e Olimpíada na ESPN

Estrutura montada para receber escritórios de produção e operações da ESPN no Aberto dos EUA Imagem: Fernando Narazaki/UOL

Fernando Narazaki*

Do UOL, em Nova York (EUA)

04/09/2017 06h30

O Aberto dos EUA entra nesta segunda-feira na segunda e decisiva semana com a expectativa de um confronto entre Rafael Nadal e Roger Federer nas semifinais. Quando o torneio for encerrado no domingo, 411 jogos das cinco chaves da elite do tênis realizadas no complexo de Flushing Meadows foram acompanhados em tempo real por mais de 180 câmeras.

Neste ano, a geração de imagens foi mais uma vez tarefa da ESPN, emissora que transmite o torneio também para o Brasil ao lado da SporTV. O canal realiza uma grande operação para não perder um lance das 411 partidas de simples e duplas do último Grand Slam da temporada. Uma equipe de mais de 400 pessoas é deslocada para o complexo de Flushing Meadows. Para se ter uma ideia, a emissora levou 500 profissionais para a Olimpíada do Rio em 2016.

Eles ficam divididos em dois grandes espaços em Nova York. O primeiro é uma estrutura montada com três divisões ao lado do novo estádio Louis Armstrong, segunda principal quadra do complexo que deve ser inaugurada em 2018 e terá teto retrátil, como já há no estádio Arthur Ashe. Este local recebe a equipe de operações e produção da emissora.

Já o segundo espaço acolhe a sala de controle. É lá que as imagens das 180 câmeras espalhadas pelas 45 quadras do complexo de Flushing Meadows (são mais de 20 quadras apenas para treinamento de jogadores) são editadas e levadas para o telespectador em mais de 60 países.

Além disso, a matriz americana tem cinco estúdios espalhados pelo complexo para realizar programas ao vivo com comentaristas do porte de John McEnroe e Chrissie Evert (ambos ex-líderes do ranking mundial nos anos 80), Pam Shriver (dona de 21 títulos de duplas em torneios de Grand Slam) e Patrick Mouratoglou (técnico de Serena Williams).

“O tênis é nossa terceira grande prioridade, atrás do futebol europeu e das ligas americanas (NBA, NFL e MLB). Somos os responsáveis por gerar as imagens para o mundo todo e é um desafio que só pode ser comparado à Copa do Mundo de futebol”, disse o vice-presidente de operações da ESPN Internacional, Rodolfo Martinez.

Imagem: Fernando Narazaki/UOL
Segundo ele, a dimensão do evento não pode ser comparada com a transmissão de outros eventos importantes realizados pela emissora como o Super Bowl (final do futebol americano) e Jogos Olímpicos. "É uma dimensão bem maior, que envolve um período mais longo e mais planejamento", analisou.

Atualmente, a ESPN transmite três dos quatro torneios de Grand Slam para o Brasil (Aberto da Austrália, Wimbledon e Aberto dos EUA) e promete entrar na briga para reconquistar os direitos de transmissão sobre Roland Garros, cujo contrato com a BandSports acaba em 2018. “São mais de 175 horas de transmissão do Aberto dos EUA para o Brasil. E vamos tentar recuperar Roland Garros. Tênis é um grande investimento para nós”, apontou Mike Walters, vice-presidente de programação da ESPN Internacional.

Apesar de não divulgar números, a emissora afirma ter lucro com o evento mesmo com todo o investimento feito. “Temos um custo alto para montar toda esta infraestrutura. E o investimento é pago com a satisfação do telespectador em ver um evento que ele gosta com tanta opção e temos uma boa arrecadação com os comerciais”, afirmou Martinez.

* O jornalista viajou a convite da ESPN

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