Em 4 anos, quatro tenistas já foram banidos do esporte por corrupção
Do UOL, em São Paulo
18/01/2016 18h21
Os casos de corrupção no tênis não são novas. Desde 2011, quatro tenistas já foram banidos do esporte por causa da manipulação de resultados. A mais recente aconteceu com o grego Alexandros Jakupovic, punido em 29 de setembro de 2015.
As acusações sobre o grego, que teve como melhor posição nas duplas da ATP o 267º, davam conta de manipulação de resultados, seja por proposta a rivais, convidar outros atletas para vender resultados de jogos e por vender resultados de seus jogos.
Além de Jakupovic, outros três tenistas tiveram a mesma punição: David Savic (Sérvia), Sergei Krotiouk (Rússia) e Daniel Koellerer (Áustria).
No caso de Savic, ele teria manipulado jogos em outubro de 2010. Em uma apelação, o tenista acabou sendo liberado para se tornar treinador, após março de 2016. Como tenista, a 363º foi sua melhor posição no ranking da ATP.
A manipulação de jogos pela qual Sergei Krotiouk teria se envolvido aconteceu entre 2012 e 2013. Já a de Daniel Koellerer foram entre 24 de outubro de 2009 e 3 de julho de 2010. Ambos receberam multas e foram banidos do esporte.
Além dos quatro, outros sete tenistas já foram punidos por manipulação de resultados, mas sem terem sido banidos do esporte:
Piotr Gadomski (24 anos, polonês) – multa e suspensão de sete anos
Arkadiusz Kocyla (22 anos, polonês) – multa e suspensão de cinco anos
Ivo Klec (35 anos, eslovaco) – multa e suspensão de dois anos
Walter Trusendi (31 anos, italiano) – multa e suspensão de seis meses
Elie Rousset (26 anos, francês) – multa e suspensão de seis meses (revertida para três meses)
Yannick Ebbinghaus (25 anos, holandês) - multa e suspensão de seis meses
Lucas Renard (23 anos, sueco) – suspenso por seis meses (revertido para dois meses)
TV aponta novo caso de corrupção no tênis
Nesta segunda-feira (18), a BBC e o site BuzzFeed News denunciaram que 16 tenistas participaram da manipulação de resultados ao longo dos últimos dez anos e que a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) teria acobertado os casos, o que foi prontamente negado pela entidade.
À emissora, o presidente da ATP, Chris Kermode, assegurou que nenhuma evidência de resultado arranjado "foi ignorado por qualquer razão". Mesmo assim, diante das novas acusações, prometeu que a entidade irá "investigar qualquer nova informação".
Segundo a BBC, os casos envolvem apostas oriundas de Rússia e Itália e incluiriam três partidas da chave principal de Wimbledon, embora as edições do torneio não sejam reveladas.
Também de acordo com a emissora britânica, autoridades do tênis mundial receberam um relatório que apontava o envolvimento de 28 atletas da modalidade em casos suspeitos, mas as descobertas não foram levadas adiante.
A TIU introduziu uma nova política anticorrupção em 2009, mas vetou na época investigações a períodos anteriores. "Nenhuma nova investigação a respeito dos jogadores mencionados no relatório de 2008 foi aberta", declarou um porta-voz da Unidade.
Os veículos responsáveis pela denúncia asseguraram contar com os nomes dos tenistas envolvidos nas investigações – muitos deles estariam "no radar das autoridades do tênis por envolvimento em partidas suspeitas desde 2003". Os atletas tiveram suas identidades preservadas, mas a BBC diz que oito deles estão no Aberto da Austrália 2016.