Kvitova para gritos de Sharapova, conquista Wimbledon e evita revival de musa

Ex-número um do mundo, Maria Sharapova teve a torcida do noivo e o favoritismo nas costas na final de Wimbledon. A russa buscava ainda seu quarto título de Grand Slam e queria reviver o momento que lhe deu projeção mundial: a conquista em 2004 na grama inglesa. No entanto, nem os gritos surtiram efeito e a musa esbarrou na determinação de Petra Kvitova. Com 2 a 0, parciais de 6-3 e 6-4, a tcheca faturou inédito troféu e evitou revival da adversária.

O título de Kvitova encerra jejuns curiosos na história de Wimbledon. A atual número 8 do mundo é a primeira tcheca a alcançar a final feminina desde 1998. E a jovem de 21 anos repetiu a compatriota Jana Novotna ao conquistar o título de Wimbledon. A tenista também é a primeira canhota a vencer no Grand Slam britânico desde 1990 – Martina Navratilova havia sido a última.

Kvitova tinha apenas quatro títulos em sua carreira de simples. E na primeira final de Grand Slam, a tcheca faturou o título e freou a esperança de Sharapova de voltar a levantar um troféu dos principais torneios do circuito desde que operou o ombro, no final de 2008. Todas as três conquistas da russa foram anteriores à cirurgia: Wimbledon (2004), Aberto dos Estados Unidos (2006) e  Aberto da Austrália (2008).

Favorita, Maria Sharapova obteve a primeira quebra de serviço ainda no início do confronto. No entanto, sofreu com seus próprios erros e viu Kvitova mais eficiente em seus serviços. Com quatro duplas faltas cometidas e oito erros não forçados, a musa russa não conseguiu evitar a derrota por 6-3 no primeiro set.

Maria Sharapova dificultou mais a partida para Kvitova no segundo set. A tcheca passou a errar mais também. E, em parcial marcada por seguidas quebras de saque – foram duas de Sharapova e três da atual número 8 do mundo –, Kvitova levou a melhor e recolocou a República Tcheca no topo de Wimbledon sob os olhares de Navratilova.