Era mais que um jogo. Durante toda a semana, o Dérbi da decisão do Campeonato Paulista foi tratado com um peso maior do que o de costume no Palmeiras. O resultado foi acabar, enfim, com a sequência corintiana de três troféus e reconquistar o título depois de 12 anos de jejum. Uma taça que, se não é a mais importante do clube nos últimos anos, ganhou relevância justamente pelo histórico recente.
Desde 2017, quando começou a gestão de Maurício Galiotte, o Palmeiras tinha vencido apenas duas vezes o maior rival — eram três empates e oito derrotas até o duelo decisivo no Allianz Parque no dia 8 de agosto. Se há dois anos, o Corinthians saiu da arena alviverde com o título paulista após vencer por 1 a 0 no tempo normal e por 4 a 3 nos pênaltis, diretoria, comissão técnica e torcida criaram um ambiente para que o mesmo não acontecesse dessa vez.
Sem o apoio da torcida nas arquibancadas por conta da pandemia, o grupo ouviu de Vanderlei Luxemburgo um recado do presidente para que este clássico fosse tratado de forma diferente. Até uma visita de membros da Mancha Alviverde para uma reunião com o grupo de atletas e um foguetório na Academia de Futebol entrou para o arsenal de armas do treinador. Era a vez de os jogadores mostrarem que entenderam a importância do que estava acontecendo, depois de tantas críticas pela falta mobilização em jogos grandes. A resposta veio... com novos protagonistas.