Em janeiro de 2020, antes da pandemia do novo coronavírus, o cenário da televisão esportiva era bem claro: um ano sem maiores emoções. O Grupo Globo seguia hegemônico no futebol, os campeonatos europeus não atraíam atenção e só a renovação de La Liga gerava alguma discussão. A maior expectativa era pela fusão entre ESPN e Fox Sports. Mas a covid-19 e seus efeitos na economia mundial viraram tudo de cabeça para baixo.
A Globo perdeu, em menos de seis meses, Fórmula 1, Libertadores da América e Campeonato Carioca. Ainda colocou em risco a transmissão da Copa do Mundo. Foi a brecha para que as concorrentes, antes paradas, começassem a abraçar o futebol como nunca antes.
E o maior exemplo disso é o SBT. Considerado um canal acomodado, a emissora de Silvio Santos exibiu a final do Carioca, se empolgou, foi procurada e fechou acordo para a transmissão da Libertadores. Além disso, as concorrentes também entraram para a festa. A Band ressuscitou o "Show do Esporte", com futebol feminino, Bundesliga e Campeonato Italiano. A RedeTV! tenta adquirir os direitos da Copa Sul-Americana. Só a Record parece estar disposta a esquecer do esporte.
A partir de agora, o UOL Esporte conta como chegamos a esse cenário. E porque canais abertos voltaram a investir no setor.