O outro jogo do PSG

Final da Champions é parte de projeto político para o Qatar, que investiu mais de US$ 1 bilhão no clube

Jamil Chade, João Henrique Marques e Pedro Lopes Do UOL, em Genebra (Suíça), Lisboa (Portugal) e São Paulo Aurelien Meunier - PSG/PSG via Getty Images

Fundado em 1970 para ser o grande clube da capital francesa, o Paris Saint-Germain sofreu por mais de uma década para encontrar sucesso doméstico e virar um time importante no cenário nacional. O primeiro título francês só veio em 1986; o segundo, em 1994, ambos em meio a longos períodos de luta e insucessos.

O cenário mudou quando o Qatar Sports Investments (QSI), fundo estatal do Qatar, adquiriu controle acionário do clube em 2011. Com mais de um bilhão de euros gastos em contratações, o PSG se transformou em hegemonia, conquistando sete títulos franceses em oito anos.

Junto com o investimento do Qatar veio um nome, o de Nasser Al-Khelaifi, presidente desde a aquisição. Na bagagem de Khelaifi, uma obsessão: colocar o Paris Saint-Germain no topo da hierarquia europeia e levantar a taça da Liga dos Campeões. Com o passar dos anos, as conquistas domésticas foram virando rotina e perdendo peso.

É em busca deste objetivo —e de outras metas político-diplomáticas mais ambiciosas que extrapolam as quatro linhas de um campo de futebol—, que o PSG investiu fortunas. A maior delas para tirar Neymar do Barcelona em 2017. Na competição mais difícil do futebol mundial, o bilionário clube parisiense colecionou dolorosos fracassos nos últimos anos. Neste domingo (23), diante do Bayern de Munique, isso tudo pode mudar. No Estádio da Luz, em Lisboa, o projeto ambicioso do PSG finalmente vê a luz no fim do túnel.

Aurelien Meunier - PSG/PSG via Getty Images

Projeto político do Qatar passa pela final da Champions

Disputar a final da Champions League não era apenas um objetivo esportivo no PSG. O jogo também cumpre um objetivo político para os donos da equipe.
O clube foi adquirido pelo Qatar em 2011 e, desde então, 1,2 bilhão de euros foram investidos em jogadores para garantir competitividade ao clube. A meta jamais foi a de ganhar o campeonato francês. Mas sim a de chegar à final da Champions League e se transformar no principal time do continente.

Em vários momentos, o projeto foi adiado. Adiado pela qualidade dos concorrentes. Adiado pela incapacidade de se montar uma verdadeira equipe. O PSG levou solavancos e foi criticado. Não faltaram escândalos de corrupção, abertura de inquéritos e denúncias. Mas, como dizem experientes negociadores, o tempo da diplomacia e da política externa não é o mesmo da cobrança dos torcedores e da imprensa por resultados imediatos. E o Qatar sabe disso.

A realidade é que, diferentemente da motivação dos novos ricos da China ao investir no futebol ou da fortuna da oligarquia russa, o dinheiro qatariano ao PSG cumpre outra lógica: a de construir uma nova imagem no mundo e garantir sua legitimidade.

Há 20 anos, o esporte havia sido escolhido como instrumento de poder e influência do Qatar no cenário internacional. O futebol, mais precisamente, passou a ser para o Emir Hamad bin Khalifa al Thani parte de sua política externa.

O projeto PSG não ocorre de forma isolada. A iniciativa que abriu as portas do país para o futebol foi a Aspire, uma espécie de academia por onde jovens passariam para chegar ao esporte de elite. Craques como Lionel Messi emprestariam sua imagem para fazer publicidade do centro de treinamento.

Outra etapa ainda foi o patrocínio ao Barcelona, camuflado em um primeiro momento com um nome de uma fundação obscura e, em seguida, pela Qatar Airways. Nos anos seguintes, a empresa proliferaria patrocínios em outros times, entre eles o concorrente alemão do PSG neste fim de semana. Não por acaso, a companhia já chama o jogo de "Qlassico".

O auge dessa operação de sedução do Qatar foi a vitória do emir na corrida para sediar a Copa de 2022, superando a candidatura favorita dos EUA. Numa decisão anunciada em dezembro de 2010, a Fifa abriu um dos períodos de maior polêmica na história dos Mundiais e que levaria a acusações de compra de votos. O gesto custou caro e, para muitos, foi o início do interesse da Justiça americana nas contas nada transparentes da entidade do futebol.

Apesar da queda de cartolas e das denúncias, o Qatar conseguiu por enquanto manter sua copa. Em entrevista ao UOL o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, garante que aquele foi o momento em que a política falou mais alto. Segundo ele, a vitória foi decidida um mês antes do voto, no palácio do Elysée, em Paris.

O emir Tamim bin Hamad al Thani se reuniu com Nicolas Sarkozy, presidente da França naquele momento, e Michel Platini num encontro que abriu inquéritos e foi alvo de amplo debate. Platini, anos depois, confirmou que, depois daquele encontro, modificou o voto da Europa para a escolha da Copa de 2022, o que definiu o Qatar como vencedor. Mas jamais aceitou a tese de corrupção.

Aurelien Meunier - PSG/PSG via Getty Images Aurelien Meunier - PSG/PSG via Getty Images

Depois de conquistado o direito de sediar a Copa, poucos meses se passaram até que o PSG se transformasse na plataforma dos interesses do Qatar no país. Naquele momento, o clube penava para conseguir lotar seu estádio.

Oficialmente, quem adquiriu o time foi a Qatar Sports Investments (QSI), um órgão do governo do emir. Em sua presidência estava Nasser al Khelaifi, que passou a ser o presidente do PSG. O executivo também esteve naquela reunião de novembro de 2010 com Sarkozy e Platini.

Para embaixadores estrangeiros, o futebol seria apenas a ponta de um iceberg de dezenas de investimentos pela Europa. Mas também foi provavelmente seu maior trunfo público e midiático para influenciar a comunidade internacional de que ter o Qatar como parceiro pode trazer benefícios mútuos.

O futebol, assim, passou a ser um caminho político inusitado para garantir a aceitação internacional e legitimidade de um regime que não tolera oposição interna. Numa região marcada por tensão geopolítica, conflitos armados, ameaça terrorista e a sombra da Primavera Árabe sobre cada um dos príncipes e generais, os investimentos do Qatar no futebol e no PSG fazem parte, portanto, de uma espécie de "seguro de vida" de um regime.

Quality Sport Images/Getty Images) Quality Sport Images/Getty Images)

Dono do PSG é viciado em futebol e espantou Ancelotti

Em outubro de 2012, quando o PSG retornava de Portugal após derrota por 1 a 0 para o Porto, pela Liga dos Campeões, o então treinador Carlo Ancelotti recebeu telefonema de Tamim Ben Hamad Al Thani, de 39 anos. O Emir do Qatar, proprietário do clube francês, disparou contra a escalação e fez pedidos de mudanças no time. Espantado, o italiano avisou aos contatos próximos que cumpriria o contrato até o fim da temporada, mas que jamais voltaria a trabalhar com o Al Thani.

Ancelotti foi o primeiro treinador contratado pelo PSG na era Qatar. A postura do proprietário do clube dá o tom de como o seu controle é exercido à distância. Algo que também ficou claro ao final da trama que envolveu Neymar, o Barcelona e o clube francês no ano passado. Foi quando a potência espanhola tentou levar o brasileiro de volta à Catalunha —atendendo aos anseios do craque.

Segundo o "Le Monde", jornal francês especializado em cobertura política, Al Thani já tinha dado ordem expressa aos seus subordinados de Neymar não voltaria ao Barça. Toda a novela da negociação acabou sendo, para o qatariano, uma estratégia de marketing de quem sempre quis mostrar poder e resistência. Além do mais, Neymar é um fenômeno da propaganda e a figura perfeita para promover a imagem da Copa do Mundo no Qatar em 2022, ano em que seu contrato com o PSG chega ao final.

Esportivamente, Neymar é um dos melhores jogadores do planeta. Pela qualidade técnica, carrega a admiração do emir, um viciado em futebol de acordo com funcionários do clube francês. Ser dono do PSG é um passatempo para quem comanda o riquíssimo país do golfo Pérsico, que possui a renda per capita mais alta do mundo graças às grandes reservas de gás.

"Você não vai encontrar nenhuma declaração do Emir sobre o PSG. Ele vem a Paris e assiste a jogos de vez em quando, mas não frequenta o clube. Lembro só de uma vez que ele foi aos treinamentos em 2017. Ele ama futebol e, claro, colocou o PSG em outro patamar. Mas nada de valioso no clube acontece sem que ele tenha a palavra final", afirmou ao UOL Frédéric Gouaillard, repórter do jornal francês Le Parisien. Se ama futebol, feliz não ficou com as sucessivas derrotas sofridas por seu clube nos mata-matas da Liga dos Campeões (veja abaixo).

Sua discrição, de qualquer maneira, causa no PSG a sensação de que o mandatário do clube é Nasser Al-Khelaifi, seu braço direito. Nasser foi apontado presidente do PSG pelo emir do Qatar em 2011, logo após a compra do clube. Ex-tenista profissional e marcado na história do Qatar por sua participação em jogos de Copa Davis, o dirigente era professor de tênis de Al Thani no princípio dos anos 2000, ainda no país.

As eliminações do PSG pela Liga dos Campeões nesta década

Não é só o PSG: outros mecenas fizeram barulho no futebol europeu

O investimento do Qatar transformou o PSG de um clube irregular e que lutava pelo sucesso dentro da França em uma hegemonia doméstica e uma força a ser considerada no futebol europeu, a despeito dos tropeços contra adversários de mais tradição mostrados acima. Os grandes investidores forasteiros do futebol estão, entretanto, por toda parte. Nos últimos anos, são cada vez mais casos de grandes grupos de vários lugares do mundo mudando o rumo de times.

De todo modo, registre-se, o histórico de milionários que sustentam clubes vencedores no futebol não está restrito aos "novos ricos". Potências europeias foram construídas com o dinheiro corporativo local. Peguem a Juventus, da Itália, por exemplo. O clube pertence à família Agnelli, fundadora da montadora Fiat, desde 1967. Sob o comando dos Agnelli, que tem fortuna avaliada em mais de 13 bilhões de euros, a Juve conquistou 23 dos seus 36 títulos italianos, e levantou a taça da Liga dos Campeões em duas ocasiões. A diferença é que o aporte foi de italianos para italianos.

AP Photo/Alastair Grant

Abramovich e o Chelsea

O Chelsea é o primeiro e mais emblemático exemplo do século de um clube que teve seu rumo alterado pela chegada de um megainvestidor. Quando o bilionário russo Roman Abramovich adquiriu controle acionário em 2003, encontrou um time que frequentava a Premier League, mas passava longe de brigar com frequência no topo tabela e tinha apenas um título, em 1955. Desde a aquisição, com investimentos constantes ano após ano, vieram cinco conquistas nacionais, e a joia da coroa, com o taça da Liga dos Campeões em 2012.

Francois Nel/Getty Images

A família real dos Emirados em Manchester

O Manchester City passou por um processo parecido com o do Chelsea: era um time de primeira divisão, com sucesso moderado no passado (tdois títulos nacionais nas décadas de 30 e 60). Em 2008, o Abu Dhabi United Group, dos Emirados Árabes, investiu mais de 400 milhões de euros para assumir controle do clube e reformular sua infraestrutura. O processo não foi imediato, mas começou a render frutos a partir de 2012: são quatro títulos da Premier League desde então. O objetivo máximo, entretanto, a Liga dos Campeões, segue inatingido.

Julio Gomes/UOL

Red Bull FC

Nem todos os investimentos no futebol têm como objetivo montar equipes hegemônicas: há quem busque exposição de marca e retorno finaceiro. É o caso da Red Bull, que vem ampliando seu leque de operação, passan por Áustria, Estados Unidos, Alemanha, Brasil dentre outros. Não que falte recursos: Dietrich Mateschitz, acionista majoritário, é uma das 50 maiores fortunas do planeta, com valor estimado em quase 20 bilhões de euros. O projeto passa por desenvolver atletas jovens e trabalhar a exposição da marca. O RB Leipzig (ALE), de todo modo, chegou neste ano à semi da Champions, caindo justamente diante do PSG.

"A estrutura do futebol tem sido mais reticente em relação a esses clubes"

Por César Grafietti, economista e consultor de Gestão e Finanças do Esporte

"A entrada de acionistas fortes em clubes de futebol é algo que que acontece com certa frequência, mas alguns casos se destacam, que são o Manchester City e o PSG. O City era um time menor na Inglaterra, e montou estrutura no mundo inteiro, o PSG que era um clube que oscilava na França, virou uma força enorme.

A história traz empreendedores que colocaram dinheiro para transformar os clubes, que eram relativamente fortes mas viviam no limbo. Isso tem sido menos recorrente, se pegar os anos em que o fair play financeiro tem funcionado mais na Europa, os casos mais emblemáticos são esses mesmo. A estrutura do futebol tem sido mais reticente em relação a isso.

O clube precisa ter dinheiro e ter camisa, como dizem os torcedores. Ganhar camisa é ir conquistando espaço, tirando a pressão. Não é um processo rápido, ele foi acelerado no PSG muito pela aquisição de Neymar e Mbappé em um mesmo ano.

Se é justo? Entendo que, no futebol, você não pode igualar os desiguais. Flamengo ou Corinthians nunca vão ter a mesma capacidade financeira do Avaí, e nem devem ter. Tem muito mais capacidade de gerar receita. Não dá para imaginar igualar, é natural que haja uma desigualdade. Tem mais desempenho esportivo, mais dinheiro e mais gestão.

É mais facil questionar o que vai bem do que cobrar que sigam o caminho correto, que é investir em marketing e busca rum retorno financeiro. Esses clubes precisam ter gestão, buscar eficiência, e nisso os clubes hegemônicos deveriam servir como exemplo e não necessariamente serem criticados."

PSG via Getty Images PSG via Getty Images

Clube fabricado na década de 70

O Paris Saint-Germain é um clube jovem, criado em 1970 por meio da fusão entre o Paris FC, e o Stade Saint Germain. O projeto era dar à capital francesa um grande clube de futebol. Seguindo um conselho de Santiago Bernabéu, então presidente do Real Madrid, três dirigentes franceses chamados Crescent, Guyot and Patrelle realizaram uma vaquinha para formar o clube.

Apesar de ter surgido com a ambição de ser o grande time da França, o PSG demorou a se firmar no cenário nacional. Quando tinha menos de dez anos de existência, suas cores foram defendidas por um brasileiro. "Carlôs", como era conhecido, atuou como líbero em Paris entre 1979 e 82. No Brasil, ele atende por Abel Braga, ou Abelão. "Não era nem Abel nem Braga. É que meu nome é Abel Carlos", explica o hoje treinador.

"Notava-se perfeitamente que era um clube jovem, inclusive com pelo menos de 40% dos jogadores titulares bem jovens, com muitos africanos ou descendentes, que atuam muito no futebol francês. Eu tinha 26, 27 anos. O maior jogador do time era o Dahleb [atacante argelino, era o maior artilheiro da história do clube até ser batido por Zlatan Ibrahimovic]", relembra Abel. "Sentia-se que era um time que não tinha força de camisa. Paris, por toda essa grandeza cultural que tem, dava uma ênfase muito grande a Roland Garros [torneio de tênis], mas sentia-se que faltava o futebol."

Abelão viveu no PSG uma realidade bastante diferente da atual, de estrutura bilionária, mas conta que sempre identificou no time parisiense a ambição de grandeza, desde os primeiros anos, ofuscados por clubes como o Bordeaux ou o Saint-Étienne de Platini.

"A gente começou a perceber que existia vontade da diretoria, que aquele clube iria em determinado momento melhorar. O Centro de Treinamento, na época, era alugado. Um campo oficial, dois ou três de treinamento, nada espetacular, mas era suficiente", diz. "O treinador quando cheguei era um iugoslavo, o Vasovic. Ele falava: 'você é o patrão da defesa'. Eu jogava como líbero. Na minha estreia, perdemos para o Sochaux. O segundo jogo foi contra o Olympique de Marselha, que era um timaço. Saímos perdendo e conseguimos a virada, eu fiz um gol".

Abel deixou o PSG em 1981, depois de curtir uma breve fase de artilheiro, até começar a ter problemas com uma lesão no joelho. "Houve um momento em que todos os atacantes se machucaram, todos. O treinador questionou como escalaria o time. Falei: 'eu jogo'. Foram seis jogos, e eu marquei gol em cinco (risos). Depois os caras se recuperaram e eu falei: 'não quero mais jogar aqui, não, tomo muita porrada', E eu gostava era de dar. Aí depois de um tempo senti o joelho de novo. Decidi voltar para o Brasil".

O PSG viveu altos e baixos. Foi a casa de muitos brasileiros e conquistou dois títulos nacionais, em 1986 e 94. Viveu também tempos conturbados, de "vacas magras". Com o pesado investimento qatariano, o cenário se transformou de vez. Com sete títulos franceses nas últimas oito temporadas, o PSG chega, pela primeira vez em sua história, à final da Liga dos Campeões.

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O Brasil antes do Qatar

Onipresente no PSG e anterior aos investimentos bilionários é a relação entre clube e jogadores brasileiros. De Abel Braga a Marquinhos, jogadores do país estiverem presentes em cada passo da jornada do time da capital francesa de um time com CT alugado a finalista da Liga dos Campeões.

Seja nos momentos de sucesso, como o título francês de 1994 sob o comando de Raí e a apresentação dos dribles de Ronaldinho para a Europa, ou nos de dificuldade, como a campanha que quase terminou com um rebaixamento —vivida pelo lateral Ceará em 2007—, os pés brasileiros conduziram a história do PSG. Há quem acredite, inclusive, que a ascensão do clube parisiense teve seu pontapé inicial com a imigração dos brasileiros, e, não, com a transferência do dinheiro do Qatar.

"Durante cinco, seis sete anos lá, o melhor time era Bordeaux e, disparado, o Saint-Étienne, que tinha todos os grandes jogadores. Não havia a mínima hipótese de competir com eles. Mais à frente, começaram a chegar Valdo, Raí, Ricardo Gomes. Depois Ronaldinho Gaúcho. O PSG começou a ser uma das joias de Paris, entrou nesse rol. Começou a se comprar a ideia, a ter estádio cheio. Na minha época tinha o desejo de crescer. Ele começou a se concretizar com nossos jogadores", pondera Abel Braga.

Se começou com brasileiros, com brasileiros pode chegar ao ápice esportivo. Depois de sofrer com lesões nas últimas duas temporadas, Neymar, desta vez, é inapelável. O camisa 10 foi protagonista e comandou o time em cada passo da fase mata-mata da Liga dos Campeões, com atuações dominantes e decisivas jogo após jogo. Thiago Silva e Marquinhos foram fundamentais para dar segurança a um ataque estrelado.

Agora, se a história do PSG em 2020 tem assinatura brasileira, ela também não pode ser desvinculada de seu mantenedor. Para o clube, não se trata mais "só" de uma partida de futebol. O jogo também é político e diplomático. O Bayern de Munique, naturalmente, está alheio a isso. No campo, será um duro obstáculo ao último capítulo do projeto qatariano, que começa a ser escrito às 16h deste domingo no Estádio da Luz, em Lisboa.

Aurelien Meunier - PSG/PSG via Getty Images Aurelien Meunier - PSG/PSG via Getty Images

Opinião: título é "seguro de vida" de um regime

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