Dalmo Pessoa morreu nesta terça-feira (6), em São Paulo, esquecido do que foi. Não tinha memória da importância que teve no rádio brasileiro, vítima de uma doença crônica. Morreu aos 78 anos no Hospital Trasmontano, vítima de uma pneumonia.
Ele e as raposas felpudas, como chamava suas fontes.
Ele e os tribunais de fancaria que criticava tanto.
Dalmo tinha informação e muita opinião. Uma de suas mágoas foi quando a Rádio Bandeirantes contratou José de Assis Aragão como comentarista de arbitragem. Saiu da Bandeirantes e foi para a Record. E continuou na Mesa Redonda na Gazeta.
Um dia, Anderson Cheni, seu colega na Record, estranhou como Dalmo, ao contrário de todos os domingos, não estava apressado ao fim da jornada. Arrumou as coisas lentamente, sem a pressa de sempre. Havia sido demitido da Gazeta.
Há cinco anos, fui até o Hospital onde trabalhava. Conversamos bastante. Mais tarde, comprei um plano de saúde do hospital e pensava sempre em visitá-lo. Não fui, é claro. Nunca vamos, não é?
Fica a saudade.
De Dalmo e suas raposas felpudas.
O texto abaixo foi publicado em 5 de março de 2015.